sábado, 29 de dezembro de 2012

E lá vem a retrospectiva 2012...

Esse ano, posso dizer que foi um dos melhores e mais sofridos que já passei. Sofrido porque muitas coisas estavam por se resolver e nada se resolvia, tudo aquilo que gostaríamos de ter feito e nos programamos para fazer, deu errado, e as poucas vezes que deram certo, foi a um custo bem alto. O início do ano foi realmente difícil. Comecei a trabalhar em um lugar novo, até então eu trabalhava em uma farmácia e fui parar em um posto de saúde. Não que eu não tenha gostado, mas o começo foi cruél. O maior problema é que durante todo esse ano, fui trocada quatro vezes de posto, trabalhei em cinco bairros diferentes e me senti meio jogada durante todo o ano, tipo peteca. Sério, eu cansei!

Esse foi também o ano da espera. Esperamos tanto por justiça, quase dois anos e meio e FINALMENTE a justiça foi feita. Todo sofrimento que o erro de outra pessoa me causou, finalmente foi compensado com muita alegria, com muita gratidão e sorrisos. Querem um conselho? Sempre que se sentirem lesados por alguma coisa, não deixem barato, procurem seus direitos e façam justiça. O Brasil é um país lento quando se trata de justiça, ela pode demorar, mas uma hora vem, assim como veio para nós. Não desistam.


Foi o ano em que cortei o meu cabelão de anos, que descobri que tenho miopia e preciso usar óculos até para dirigir. Que tirei os pés do chão pela primeira vez, porque ganhei uma promoção onde o prêmio era um passeio de helicóptero. Apesar de quase entrar em pânico, valeu muito a pena. Foi o ano das novas amizades, dos chops, dos sushis e cafés, e de reencontrar as antigas amizades, com muitas risadas e conversas para colocar em dia. Foi o ano de descobrir a força da minha fé e de me tornar um ser humano melhor.

O ano de tomar tanto vinho, que se tudo o que falam sobre ele é verdade, viverei para sempre. De aprender a fazer sushis, comida que eu tanto amo, de degustar um bom espumante, até então desconhecido para o nosso paladar, de comprar móveis novos, que para nós, era um sonho distante...de novos planos e metas.


Apesar de todas as coisas ruins que aconteceram durante esse ano, não posso reclamar de nada, pois Deus foi muito bom conosco e soube nos dar as coisas nas horas certas. Assim, aprendemos a valorizar, a doar, a fazer o bem, a ser mais humildes do que já fomos. Acredite em mim: Deus sabe o que faz!

E quantos livros foram lidos, seriados e filmes assistidos religiosamente, baldes e baldes de pipoca, e muitas horas de conversa em um barzinho com amigos, ouvindo a opinião de cada um sobre cada livro, cada episódio do nosso seriado favorito e as dicas de filmes de cada um. Todos narrados nos mínimos detalhes.

E dezembro pode-se dizer que foi o mês que mais nos supreendeu. Quantas novidades, surpresas...quantos presentes de Natal e quantos sorrisos. Nossos passaportes até que enfim ficaram prontos, depois de tanta espera e agora é só escolher a viagem e aproveitar. Que 2013 seja melhor que 2012, se é que tem como ser possível. Que nos supreenda assim como 2012 nos supreendeu bem no finalzinho da sua jornada. Que as amizades continuem, que as coisas boas venham sempre e que todos os nosso sonhos, aos poucos, se tornem realidade.



Feliz Ano Novo e que 2013 seja um ano maravilhoso para todos nós!


domingo, 23 de dezembro de 2012

Gratidão

Essa semana que passou, acredito ter sido uma das semanas mais cansativas da minha existência. Não estou de modo algum reclamando de tudo o que aconteceu, pelo contrário, cheguei a conclusão de que cansa  fazer coisas boas. Na real, talvez somente algumas pessoas que convivem com a gente mais intimimamente, entenderão o porque de algumas coisas que escreverei aqui. As outras pessoas talvez irão me taxar de egoísta e maluca, por não entenderem a situação. Eu realmente não me importo.

Essa semana eu me senti uma pessoa melhor. Finalmente, depois de tanto tempo, pude ajudar algumas pessoas que me ajudaram, que fizeram a diferença na minha vida e que sempre estiveram por perto, quando eu estiquei a mão. Sou eternamente grata a vocês, de coração. Eu pude atraves de um acontecimento, fazer acontecer várias coisas que deixaram muitas pessoas felizes, e isso faz com que meu coração transborde de gratidão e alegria por Deus nunca ter me abandonado.

Ok, eu confesso. Teve momentos em que eu achei que Ele tivesse me virado as costas, como forma de punição por eu ter pensamentos e pedidos egoístas.  Mas hoje, percebo que não foram tão egoístas como eu imaginava, afinal, eles beneficiaram tantas pessoas e fez com que eu me sentisse um ser humano melhor perante o mundo. Tive tanta sorte que o mundo não acabou como o esperado, fazendo com que sonhos antigos pudessem ser realizados de alguma forma, alguns apenas dentro do meu coração e da minha memória.

Ahhh...os sorrisos! Não tem dinheiro que pague um sorriso de gratidão no rosto de alguém que amamos, que tanto fizeram por nós sem nada esperar em troca. Esse ano para mim, foi um ano de provas, de dificuldades e de algumas tristezas, mas de alegrias tão grandes, que superaram qualquer lágrima. Foi um ano em que a expressão "tudo tem seu tempo" mostrou-se tão verdadeira quanto o ar que respiramos.  É essencial. Nunca senti uma frase tão clichê na pele. Isso é real.


Esse ano apesar de já estar quase acabando, foi um ano maravilhoso, cheio de coisas boas como os outros que passaram, mas cheio de lições de humildade, de aprendizado, de paciência. Novas descobertas, novos valores até então nunca questionados. É...a vida realmente é engraçada! Na verdade, não temos controle sobre ela, mas podemos melhorar como pessoa diariamente, e acreditem em mim, quanto mais coisas boas você fizer pelos outros, mais a vida lhe retribui em bençãos.

Acho que minha palavra para descrever esse ano que está quase acabando é: obrigado! Obrigado a Deus, a todas as pessoas que convivem comigo, e aquelas que apesar de não conviver, sempre tem alguma coisa boa para mostrar. Obrigado pela paciência, pelos sorrisos e lágrimas, pela amizade que é tão essencial na nossa vida, pelas coisas boas que tanto pedimos a cada garrafa de vinho aberta, que estavam o tempo todo ao nosso lado, só esperando ser comemoradas, no tempo certo. Obrigado por tudo!

Bom finalzinho de domingo!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Árvores de Natal e Gatos

Árvores de Natal e gatos definitivamente não combinam, principalmente se tiver pisca-pisca pendurado também. Quem tem gatos em casa, sabe o quanto é difícil fazer e mais ainda manter uma árvore natalina inteira. Esse é o terceiro Natal dos nossos bichanos, e igual aos outros anos, sempre que resolvo pegar as caixas com os enfeites natalinos, eles já se aproximam sorrateiramente cheirando e investigando tudo.

Olha a cara de sapeca!
Ano passado refiz o pinheirinho algumas vezes, e todas as manhãs quando eu levantava, lá estava ele espalhado pela cozinha, bolinhas por todos os cantos. Mas teve um momento em que não quis mais arrumá-lo e simplesmente deixei o pinheiro todo estrupiado em cima do microondas e foi onde perderam a graça de destruí-lo, mais do que já estava. Por que será que era só montá-lo e lá estavam os dois pendurados na pobre árvore? Vai entender esse mundinho felino.


Esse ano não foi diferente. Ontem peguei as caixas com os enfeites e lá estavam os dois bisbilhotando por tudo, derrubando as caixas e brincando com as bolinhas. Iniciei minha tentativa de montar o pinheiro. Assim que abri o pinheiro (aqueles de plástico dobráveis) e deixei-o em pé, o Ozzy avançou e começou mordê-lo. Fui colocando as bolinhas e o resto dos enfeites e lá estava o Ozzy pendurado, tentando arrancar tudo. Nesse momento, a Cuddy estava pulando atrás dos grilos no quintal de casa, não fazendo muita questão de se juntar ao seu irmãozinho sapeca.


Conforme eu ia montando, ele arrancava tudo e lá tinha eu que começar de novo. Desistindo da idéia de fazer essa bendita árvore de Natal, deixei as coisas tudo no chão e sai do quarto. Ele vendo que não tinha mais graça brincar sozinho, deixou as coisas espalhadas no chão e foi brincar com sua irmãzinha, no quintal. Aí foi minha vez de voltar sorrateira para o quarto e montá-lo bem rapidinho sem eles perceberem. Terminando enfim de enfeitar a árvore, coloquei-a sobre o microondas e por incrível que pareça ela continua firme e forte até agora. Vamos ver se vai aguentar até o Natal.


Tenho ainda uma idéia de fazer uma árvore de Natal com livros e colocar um pisca-pisca até o Natal, mas pretendo fazer isso alguns dias antes, porque não sei qual será a reação dos filhotes. Mas quando eu fizer a árvore, farei outro post documentando que tipo de bagunça os dois aprontaram.

Até mais!

sábado, 8 de dezembro de 2012

Faça a diferença!

Já dizia um antigo ditado, que devemos sempre fazer o bem, indiferente de quem quer que seja. Penso que em épocas de final de ano, Natal, Ano Novo, o sentimento de generosidade aflora mais nos seres humanos do que no resto do ano. Precisamos então aproveitá-lo e fazer a nossa parte no quesito fazer o bem. Não importa o que você faça, pois existem milhões de atitudes que fazem a diferença na vida de uma pessoa, por menor que sua ação seja. O simples fato de beneficiar alguém com qualquer tipo de ajuda, já o torna um ser humano melhor.

Esse ano resolvi fazer a minha parte, que na verdade, já deveria ter feito a muito tempo. Todos os anos, em véspera de Natal, os correios recebem as famosas cartinhas para o Papai Noel, onde criançinhas do mundo todo, pedem seus presentes ao bom velhinho. Acontece que Papai Noel não pode responder todas as cartinhas, e nós adultos e já sem inocência, sabemos que ele nem tentará, porque ele não existe. Será?

É aqui que entramos, que fizemos a nossa parte. Vamos ao correio, escolhemos uma cartinha e adotamos uma criança para fazer a magia do Natal acontecer. Foi o que eu fiz. A cartinha que eu escolhi, é de um garotinho de 3 anos, que pede um simples cavalinho de madeira e algumas roupinhas de verão, pois sua família (pai, mãe e mais cinco irmãos), são extremamente pobres. Comprarei as roupas, o cavalinho e provavelmente uma cesta de chocolates e farei a minha parte, que tenho certeza, fará a diferença na vida dessa criança que espera com tanta ansiedade e esperança o Natal chegar.


Também fiz a minha parte em relação aos bichinhos. Juntei moedas o ano todo, e com esse dinheiro, comprei um saco de ração grande, para os gatinhos que não tem um lar. Já fiz a doação em um consultório aqui perto de casa, que junto com uma ONG, fazem um trabalho maravilhoso. Sempre que posso faço doação de ração, sei que pode parecer pouco, mas podem ter certeza que ajuda muito.


Se você quiser fazer o Natal de alguém mais feliz, não precisa ir muito longe. Existem tantas coisas que podem ser feitas para ajudar pertinho da sua casa. Vá até o correio e adote uma cartinha. Tenha certeza que você fará toda a diferença para essa criança. Doe ração para ONG's que ajudam a cuidar dos animais abandonados, vocês não tem idéia de como qualquer pequena ajuda faz a diferença. Adote um animalzinho abandonado, dê amor e carinho e saiba que tudo o que você fizer por ele, ele te dará em dobro. Compre chocolates e vá a algum lugar que você sabe que tenha crianças carentes e distribua esses doces para elas. Se você for vestido de Papai Noel, melhor ainda! Compre um prato de comida e dê a algum mendigo que você sabe que nada mais tem na vida, do que a solidão. Doe roupas usadas a quem precisa. Doe sangue. Seja voluntário ajudando a cuidar de idosos em hospitais e asilos e faça a diferença na vida deles.


Enfim, vamos colocar nossa criatividade para funcionar e ajudar nossos semelhantes.Tenha certeza que se a gente espalhar coisas boas por onde passar, a vida se encarrega de trazer outras melhores ainda.

Bom final de semana!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Três anos de casados...

Esse mês, completamos três anos de casados, especificamente dia vinte. Estávamos fazendo planos de talvez jantar fora em um lugar bacana, para comemorar nosso aniversário de casamento. Acabamos optamos por ficar no aconchego da nossa casa e preparar alguma coisa boa para o jantar. Após pensar em alguns cardápios, optamos por sushi, que modéstia a parte, já estou quase "profissa". Fomos então visitar uma amiga, que trabalha em uma casa de vinhos e espumantes, para pedir uma dica do que poderíamos tomar para acompanhar o sushi. Com todo seu vasto conhecimento, ela nos indicou um espumante espanhol rosé, que acompanhou muito bem o sushi, dando todo aquele realçe no sabor.

Chegamos em casa do trabalho, e mãos a obra fazer nosso jantar comemorativo. Decidimos também fazer hot philadelphia, que já a um tempinho queríamos comer, mas como dá um pouco mais de trabalho que os sushis normal, sempre deixávamos de lado. Mas como era uma ocasião mais do que especial, fizemos uma bandeja em nossa homenagem.



Eram quase oito horas da noite, quando nossa mesa estava colocada, com o espumante geladinho, esperando para ser degustado. Comemoramos nosso casamento de forma simples, assim como nós somos e vivemos. É importante saber que a pessoa que você escolheu para passar o resto de sua vida, retribui os sentimentos da mesma forma, que comemora e se sente feliz, assim como você. Essas coisas não precisam ser ditas, a gente percebe no olhar e nas ações do dia a dia. A cumplicidade em uma relação faz com que pequenas coisas, se tornem especiais ao longo do tempo, e isso eu considero o basico para uma relação dar certo.

Sempre que conseguimos alguma conquista, qualquer coisinha boa, por menor que seja, aqui em casa sempre é comemorada com uma taça de vinho, ou um jantar. Essas coisas simples que tornam a vida interessante. Não precisamos de muito para sermos felizes, mas só o fato de saber valorizar os bons momentos, principalmente os pequenos passos, nos torna imensamente felizes. Eu me sinto muito feliz nesse momento e agradeço muito por isso. As pessoas deveriam sempre comemorar essas datas que de alguma forma, mudaram suas vidas, principalmente se foi para melhor. Nossas conquistas e as coisas boas devem ser comemoradas sempre.

A felicidade só é verdadeira quando é compartilhada!

Até logo!


domingo, 25 de novembro de 2012

É possível nunca ser magoado?

Encontrei esse vídeo por acaso na internet, e após uma breve pesquisa, descobri um ser humano maravilhoso, que com poucas e sábias palavras, nos mostra o quanto é possível controlar a nossa mágoa. Assistam o vídeo! Vale muito a pena!

Jiddu Krishnamurti, nascido em 11 de maio de 1895, em Ojai, era escritor, filósofo e educador indiano. Faleceu aos 90 anos, em 17 de fevereiro de 1986. Independente de qualquer religião, ele sempre ressaltava a necessidade de uma revolução na psique de cada ser humano, que só poderia ocorrer através do autoconhecimento e da prática correta da meditação ao homem liberto de qualquer autoridade psicológica.




Seus principais temas, inclusive de muitos livros escritos, são a revolução psicológica, meditação, conhecimento, liberdade, relações humanas, a natureza da mente, a origem do pensamento e a realização de mudanças positivas na sociedade global.

Bom finalzinho de domingo, e uma semana abençoada a todos!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Gatos e suas manias!

Como todos que me conhecem sabem, temos um casal de gatos com quem dividimos nossa casa e nossa vida. Todos os dias, esses bichinhos aparecem com coisas novas, manias novas e cada vez mais folgados para não dizer, levados! A gata é bem tranquila, como já comentei em outro post, mas o macho é simplesmente o peludo mais ranzinza, mau humorado e ciumento que eu já conheci. Não sei de onde ele aprende, mas toda semana ele aparece com uma peripécia nova. Só que nessa semana, que fez a peripécia foi meu marido, e não o Ozzy, pois para distrair o gato dos seus miados noturnos de estresse, ele colocou-o sentado no lado da pia do banheiro, para brincar com a água. Quando eles eram filhotes, ele já brincava com a água, mas acabou esquecendo. O problema é que ele voltou a gostar da brincadeira, e agora, cada vez que vamos escovar os dentes, ele vem atrás e fica esperando abrir a torneira para brincar.

Ele fica passando as patinhas debaixo da água e lambendo uma por vez, e quando cansa, coloca a boca embaixo da torneira e toma água direto da fonte. Não contente ainda, quando não sabe mais o que fazer com a água, entra dentro da pia e se molha todo, tentando tomar a água que fica parada no ralo da pia. Tudo observado pela irmãzinha que fica sentadinha comportada em cima da caixa d'água do banheiro. Ela não é muito fã de água, então não chega muito perto da torneira.

Já aprontavam com a água desde pequenos...

E agora depois de gatos adultos, com as mesmas manias!
Nessa semana também, o Ozzy aprendeu dois "truques" de como acordar seu dono, disfarçadamente. Estou no meu décimo sono, dormindo tranquilamente quando sinto uma "coisa fofa" roçando meu nariz. Na real, nem abri os olhos da primeira vez. Novamente sinto alguma coisa fofa e dessa vez geladinha raspar no meu nariz, quando abro os olhos e vejo o Ozzy sentado bem perto do meu rosto, com uma patinha levantada, pronto para me bater no nariz de novo. Quando abri os olhos, ele resmungou alguma coisa na sua linguagem "gatês" e ficou me olhando. Eu sabia que ele queria comida, mas ainda não era o horário deles tomarem café da manhã.

Tomando água da fonte
Virei para o outro lado, ficando de costas para ele, enquanto o mesmo ficava sentado imóvel no lugar e na mesma posição, me observando. Assim que achei a posição confortável para voltar a dormir, sinto o Ozzy tentando entrar embaixo da coberta. Essa mania já é antiga, pois ele entra e fica empurrando a gente com a cabeça, igual um "tourinho bravo". Como já sabia o que ele iria fazer, fechei bem as cobertas ao redor do corpo e não deixei ele entrar. Vendo que não conseguiria realizar seu plano diabólico, ficou uns minutos quietinho, provavelmente só pensando no que fazer.

Aprontando de novo!
E não é que ele inventou outra mania? Por cima da coberta mesmo, começou a cavar minhas costas, como se meu corpo fosse um monte de areia, ou como se um cachorro estivesse enterrando um osso. Cavou com tanta força, que chegou a me acordar novamente. Virei para trás e lá estava ele, com aquela cara de gato pidão se fazendo de vítima, com o miado mais triste da face da terra. É claro que ele sabe que chantagem funciona, então fez todas as caras de coitadinho possível. E funcionou!

Mimi safado, fazendo cara e bocas! Dá vontade de amassar...
Levantei e fui tratá-los, pois os dois estavam esperando o café da manhã ansiosos. Até a Cuddy, que não é de pedir ou reclamar de nada, miou para mim quando eu estava caminhando em direção aos pratinhos deles. Não sei de onde apareceu tanta fome naquela manhã. Voltei para a cama e deixei-os comendo. Quando levantei da cama, horas mais tarde, vi os dois deitados em cima da nossa cama, ela entre eu e o meu marido no meio da cama e o Ozzy nos meus pés, dormindo no sono mais profundo, como dois anjinhos.

Ainda quando pequenos, sempre dormindo conosco na cama!
Nessas horas eu penso, em quanto um animalzinho de estimação nos faz bem, nos faz sorrir nas primeiras horas da manhã, nos tornam mais tranquilos e felizes. Eles fazem parte da nossa família e sempre serão tratados com respeito e amor, mesmo que toda semana arrumem novas manias, novos truques ou forem rabugentos. Eles são nosso bichinhos de pelúcia vivos!

Até mais!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Assunto

Eu sentei aqui na frente do computador, com a intenção de escrever alguma coisa legal. Mas ainda não sei sobre que assunto escrever. Poderia falar do passeio que eu e meu marido fizemos hoje no shopping, mas não teria muito o que comentar. Visitar um shopping na segunda de manhã é realmente uma benção, sem movimento, sem engarrafamentos e filas, mas nem os enfeites de Natal foram colocados ainda, o que me deixou um pouco frustrada. Pensei que eu encontraria aquela árvore gigante de Natal piscando incansavelmente para mim, ou quem sabe o bom velhinho sentado numa cadeira tipo trono, esperando criançinhas para as fotos. Talvez eu esteja um pouco adiantada mesmo, mas cadê o clima de final de ano chegando? Ok, deixa pra lá!

Então, acabou o assunto "shopping" e não sei mais sobre o que escrever. Talvez sobre o medo coletivo de uma nova tempestade do século...acho que não, esse assunto já está saturado. Talvez sobre a promoção de vinho no mercado hoje...mas também não é lá essas coisas! Hummmm....deixe eu pensar...

Ok. A minha vontade era de apagar todo esse texto e voltar para o meu mundinho de seriados, mas me esforçei tanto para pensar em um assunto, que prefiro deixá-lo aqui, com uma figurinha legal. Não é isso que fizemos quando não temos inspiração? Colocamos várias figurinhas e escrevemos algumas palavras desejando uma boa semana. Então é isso que farei!

Confessa que você também ficou com medo dele...

Bom começo de semana a todos!

sábado, 10 de novembro de 2012

Por quê?

Nesses últimos meses, estive pensando em o quanto a vida é engraçada, ou não. Existem milhares de frases clichês que dizem que tudo tem seu tempo, que nada é por acaso, que Deus sabe o que faz, enfim, palavras para nos confortar quando as coisas não acontecem como o esperado. Que Deus sabe o que faz, isso eu não tenho dúvidas. Mas eu acho engraçado que ás vezes a gente quer tanto uma coisa, e ela acaba não acontecendo, nos fazendo ver que com o passar do tempo, aquilo não era tão importante como nós imaginávamos. Que podemos sim nos conformar e ficar sem ela. Mas vem a vida novamente e nos dá alguma coisa melhor, que compense aquilo que perdemos, ou esquecemos, melhor por assim dizer.


Queria entender essas ironias, mas não acredito que temos capacidade para tanto. Queria entender porque hoje, aquilo que eu tanto quero, não é tão importante o quanto eu imagino, e que daqui uns tempos, eu vou entender o porque. Se eu compreendesse as coisas na hora em que elas não acontecem, seria mais fácil de se conformar, não? Talvez, mas e as lições que vem com essa espera, a certeza de que aquilo não aconteceu, porque logo acontecerá uma coisa melhor. Talvez eu esteja enrolando o assunto e você não esteja entendendo nada. Vou dar um exemplo para ficar mais fácil e você entender minha filosofia.


Uns tempos atrás, meu marido quis muito comprar uma televisão nova. Na primeira tentativa, as ofertas estavam esgotadas e acabamos não conseguindo comprá-la. Ficamos tristes pensando o porque todos conseguiram comprar, menos nós. Novamente uma oferta praticamente igual ao que havíamos perdido, apareceu, e lá fomos nós tentar de novo. Dessa vez, ouve uma confusão nos cartões de crédito e acabaram cancelando o cartão errado, justo o que estava designado a pagar a televisão. Perdemos a segunda oferta. Ficamos nos achando as criaturas mais azaradas da face da terra, nos perguntando milhões de porques. Esquecemos o assunto e em um belo dia, eis que abrimos o site, e lá estava, uma televisão muito melhor do que queríamos, por um preço menor que as outras. Compramos ela sem pestanejar, e dessa vez, deu certo. 


Entenderam agora por que existem coisas que não são para acontecer em um tal momento, mas logo virá uma oportunidade melhor. Ironias que eu queria entender, mas na real acho que nem devemos. A única coisa que sei é que existe alguém superior a nós e sabe o momento certo de nos dar as coisas. Mas confesso que as vezes fico triste por não conseguir as coisas no tempo em que eu gostaria, mas tenho certeza que aquelas frases clichês, que mencionei no início do post, farão sentido assim que elas tiverem que fazer, no seu tempo.

Com essas coisas acontecendo a todo momento na minha vida, cheguei a conclusão que não preciso entender nada, apenas ter paciência e fé, que no momento certo, as coisas acontecerão, e que se não for hoje, é porque existe um motivo forte para elas não se realizarem. Mas como não sou eu quem decide isso, o que tenho que fazer é esperar o tempo certo das coisas acontecerem, para que eu aprenda a valorizar esses presentes e esses momentos.

; )

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Chuva de Granizo

Domingo á noite, todos se preparando para começar uma nova semana de desafios e trabalhos, menos eu e o meu marido, pois nossas férias começariam na segunda. Até então tudo certo. De repente o céu resolveu mudar de cor e o dia virou noite. Nuvens grossas e carregadas tomaram o lugar de um céu até então azul e tranquilo. E então apareceu o vento, para anunciar mais uma chuva de verão. Mas não era uma chuva qualquer. Parecia a tempestade do século. Eu e meu marido nos preparamos para a chuva, trancando janelas, reforçando embaixo das portas com lonas para evitar que a água entrasse, desligando os aparelhos das tomadas. E então o barulho começou. Pedras de gelo, vento e chuva nos castigavam vindo de todos os lados. Mas as pedras que batiam nas paredes, janelas e portas não eram pedrinhas quaisquer. Eram gigantes, coisa que nunca vi na minha vida.

"Pedrinhas" de gelo!
Eu e meu marido começamos a nos preocupar porque nossa casa não tem garagem, e não tinha como sair de casa para colocar qualquer coisa para proteger nosso carro. Resumindo: agora temos um carro vermelho com bolinhas da mesma cor. Esqueçendo então do carro que era apredrejado lá fora, começou a escorrer água por baixo das portas, janelas e pingar pelo lustre da sala. Desespero total. Meu marido correndo com a televisão na mão, eu levantando tudo o que havia no chão para a água não molhar. Mas não tive escolha. Peguei um edredon, encostei na porta da frente e fiquei segurando-o contra os vidrinhos que fazem parte do design da porta para não quebrar. A cada pedrada, a porta tremia de cima em baixo. Eu tinha certeza que os vidrinhos já eram. Enquanto fazia um revezamento entre segurar o edredon contra a porta, e começar a enxugar o chão com uma toalha de banho, meu marido segurava uma lanterna, pois não tínhamos luz, e procurava velas para ascender.

Chuva, pedra e vento!
Nossa casinha sem o telhado e nossa quase horta, destruida!
Foram minutos intermináveis de pânico. Após a chuva dar finalmente uma trégua, fui procurar meus gatos, que estavam escondidos dentro de uma mala, bem quietinhos e arregalados. Não sairam de lá até a tempestade ir embora. E após quase meia hora de chuva, vento e pedras, ela finalmente tomou outro rumo e nos deixou em paz. Hora de calcular os prejuízos. Na real, nossos prejuízos foram o carro que ficou cheio de buraquinhos, o telhado da nossa casinha de bugigangas que voou no vizinho e espatifou-se, e a sujeira para limpar novamente, pois já havíamos limpado tudo ao redor da casa, no domingo a tarde. Nossa casa tinha folhas e sujeira grudado até no teto, dentro de casa, por todos os lados. Do lado de fora, havia uma camada de pedras de gelo, que insistiam em nos assombrar, mesmo quase uma hora depois do ocorrido.

Nossa casa azul, com pintinhas verdes...
Quase uma hora após a chuva, o gelo continuava firme e forte!
As pessoas começaram a sair de suas casas e a limpar o estrago feito pela fúria da natureza. E assim passamos nosso primeiro dia de férias, limpando e arrumando o que a chuva de verão estragou. Foram horas e faxina, quilos de lixo acumulado, e dores pelo corpo de tanto trabalhar. Eu diria que foi um início de férias bem diferente do que foi planejado, mas pelo menos, ninguém se machucou e não perdemos nada. Isso compensa todo o terror que passamos naqueles minutos de tensão.

O pior já passou...e a vida continua!

Até mais!

sábado, 3 de novembro de 2012

Início de Novembro

Sábado de manhã, início de novembro e das nossas férias. Nem saberia explicar a paz que me domina, nesse instante. Novembro sempre foi um mês de muita sorte, para eu e meu marido, sempre acontecem coisas boas. Ontem abrimos uma garrafa de vinho para comemorar o início de mais um novembro, que já começa com nossas férias. Melhor que isso não precisa. Já é tempo de começar a acumular os presentes de Natal para serem entregues mês que vem, de fazer planos para o fim de ano. O ano passou voando, né?


Neste mês, comemoramos uma data muito especial, nossos três anos de casados. Eu espero que venham muitos mais anos assim, e que sejam iguais aos três primeiros. Se depender de nós dois, tá tranquilo. Nossas férias começam na segunda, ainda não temos nada decidido, vamos deixar para decidir o que fazer com os próximos dias, no momento em que acharmos que é oportuno. Para hoje, já temos um programa bem legal.

Tenho certeza que novembro será novamente nosso mês da sorte, nos trazendo muitas coisas boas, como sempre fez. E no mais, só me resta curtir...

Bom início de novembro a todos!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Sextas feiras chuvosas...

Quando eu estava na fase de criança entrando na adolescência, eu sempre tinha uns pensamentos estranhos a respeito do meu futuro. Às vezes eu via coisas em filmes, ou em livros, e automaticamente os incluía nos meus pensamentos futuros. Vou citar um exemplo. Assisti um filme uma vez, onde a protagonista morava sozinha em um apartamento talvez no quinto andar, onde a luz do neon da coca-cola ficava piscando dentro do apartamento dela. Então ela se deitava para dormir, e o neon ficava piscando no seu rosto. Achei aquilo tão legal, que desde pequena, queria morar em um apartamento sozinha, numa cidade grande, onde luzes ficassem piscando dentro do meu apartamento também. Até hoje não entendo o que eu achei de tão legal nisso.

Outro pensamento que eu tinha, era a respeito dos finais de tarde, especialmente se fossem uma sexta feira chuvosa. Eu me imaginava, saindo do trabalho, vestida de tailleur, de salto alto e meia fina, com um guarda chuva muito chique, debaixo daquela garoa fina, indo para casa do trabalho. Ficava imaginando que eu passaria no mercado para comprar várias guloseimas antes de ir para casa. Aí chegaria em casa, no meu apartamento com luz de neon, tomaria um banho, faria uma comida bem gostosa, e me perderia assistindo filmes durante toda a madrugada, afinal, nos meus pensamentos futuros e perfeitos, eu não trabalharia no sábado.

Isso não é pra mim...
No meu apartamento, eu teria um companheiro. Um gato gordo e carinhoso, que viria correndo ao meu encontro, toda vez que eu abrisse a porta, carregada de sacolas de compras. Então eu abriria uma latinha de atum, ou sardinha e trataria o pobre bichano, que depois em forma de agradecimento, deitaria comigo no sofá, para me fazer companhia durante a sessão de filmes. É engraçado como esses pensamentos vem a tona, sempre que uma sexta feira chuvosa resolve aparecer. Parece que eu volto a fase dos pensamentos estranhos, da nostalgia da infância, da imaginação perfeita.

Mas quando esses dias aparecem, eu fico pensando em quanto os meus pensamentos a respeito do meu futuro mudaram radicalmente. E me sinto tão feliz e realizada agora, que tudo aconteceu ao contrário. Eu casei, não moro em apartamento nem tenho um neon da coca-cola piscando na janela do meu quarto. Detesto salto alto e meia fina, nunca me senti bem vestida em um tailleur. Sempre que chove ou garoa, eu saio de casa de carro, ou evito sair. Gosto da chuva para ficar em casa. Mas eu tenho um gato gordo, aliás, dois, um gordo e um magro. Posso dizer até que alguns pensamentos que eu tinha quando criança,  que vi em filmes ou em livros, consegui adaptar para minha vida agora, mas já não fazem mais o mesmo sentido.

Lembro de um filme que assisti, onde aparecia em cima da mesa da sala, um pequeno vaso branco, com uma florzinha vermelha solitária, dentro dele. Eu sempre quis ter um vaso com uma florzinha igual na minha casa, porque eu achava que era um detalhe tão delicado. Então eu ganhei um pequeno vasinho branco, igualzinho como aquele que imaginei a vida toda. E se você acha que ele está na minha mesa de centro, com aquela pequena flor vermelha delicada, enfeitando minha casa, está muito enganado. O vasinho está guardado dentro do meu armário da cozinha, esperando aquela florzinha para enfeitar a minha casa. Como eu falei anteriormente, alguns pensamentos já não fazem o mesmo sentido, nem tem o mesmo valor.

O meu vasinho é menorzinho, e a florzinha é vermelha e solitária.

Então é isso que temos para hoje, pensamentos nostálgicos numa sexta feira chuvosa em Timbó City.

Até mais!




sábado, 20 de outubro de 2012

Charutinhos de repolho, ou couve!

No posto de saúde onde trabalho, a maior parte das funcionárias são mulheres. Quando começa  a se aproximar o horário de ir embora, todas começam a se perguntar o que cada uma vai fazer de jantar. Chega a ser engraçado, pois a maior parte das mulheres tem horror a ter que fazer o jantar toda noite. Na verdade, não é o ato de cozinhar que incomoda, mas a pergunta é: O que cozinhar? E as reclamações são sempre as mesmas, em todas as mulheres, não saber mais o que inventar de jantar. E eu claro, faço parte das mulheres que tem os mesmos questionamentos.

Esses dias, estávamos na cozinha trocando receitas e falando do jantar, quando uma das colegas disse que tinha vontade de comer charutinho de repolho. Se você não sabe sobre o que estou escrevendo e for procurar no google a origem desse prato, já lhe adianto que é uma comida de origem árabe (Líbano) e chama-se Mehchi Mahfuf, ou seja, charutinhos de repolho. O repolho pode ser substituido por couve ou folhas de uva. Voltando as minhas lembranças de infância, lembrei que minha mãe fazia esses charutinhos para nós, e que adorávamos comer essa iguaria. Pensei então em procurar na internet como fazê-los e mãos a obra. Fiz os charutinhos, um pouco com couve e outro de repolho. O resultado vocês verão a seguir.

Receita de charutinhos de repolho (Mehchi Mahfuf)

- 300g de carne moida
- Meia xicara de arroz (usei cozido)
- 1 ovo
- cebola, alho, pimenta e cheiro verde.
- sal

Amassei a carne moida crua, com o arroz, acrescentei 1 ovo e os temperos, amassando bem até "grudar" todos os ingredientes. Em uma panela com água salgada, coloquei as folhas de couve e repolho para cozinharem, até ficarem moles, uma de cada vez. Conforme eu tirava as folhas, já colocava uma colher de recheio e enrolava-os. Para não deixar as pontinhas sobrando, prenda com palitos de dentes. No dia que fiz, eu estava sem palitos e acabei amarrando mesmo com um fio de linha.

Forrei o fundo de uma panela com os talinhos que sobraram das folhas, coloquei dentes de alho, tomate e temperos e fui colocando os charutinhos na panela, um por cima do outro. Usei a mesma água que cozinhei as folhas e despejei sobre os charutinhos até cobri-los bem. Deixei cozinhar por 40 minutos. Estão prontos para servir.

Charutinho de Couve
Recheio

Charutinho de Repolho

Cuddy de olho nos charutinho...hehehehe

Voce vai encontrar várias receitas de charutinhos, com diversos recheios, mas o que eu fiz, é bem light, sem manteiga ou azeite de oliva, e mesmo assim ficou saboroso. Mas você pode acrescentar pimenta a gosto, e outros temperos que lhe agradam, com certeza ficará delicioso.


Até a próxima receitinha!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

I Can Fly - Parte Final

A distância entre o gramado e o helicóptero parecia não acabar mais. Chegando perto do pequeno aviãozinho, meu coração começou a disparar e minhas mãos começaram a tremer. Levei o celular e a câmera fotográfica junto, pois queria registrar toda a aventura. A princípio, sentou nos bancos traseiros, eu e o menino, um em cada janela, e o pai dele, na frente com o piloto. O problema de sentar na frente, é que onde colocamos os pés, é transparente, ou seja, para quem tem medo de altura como eu, ataque de pânico na certa. Com os cintos já presos, vejo uma moçinha correndo na direção do helicóptero, que ainda estava desligado. Como ela sentaria atrás conosco, fiz questão de ficar no meio dos dois passageiros, não tendo problemas de ser a primeira a cair se a porta abrisse. Todos acomodados, o piloto começou a ligar o bichinho.

Achei ele tão pequenininho!


Ligando os motores!!!

Quando aquela barulheira tomou conta dos nossos ouvidos, as coisas começaram a ficar tensas. O vento não dava trégua, mas mesmo assim, o helicóptero começou a subir lentamente. De vez enquando podíamos sentir que ele balançava por causa do vento, e aos poucos ele foi subindo mais e mais. Fechei meus olhos e só ouvia o barulho das hélices e o menino do meu lado dizendo - "Ai Meu Deus, Ai Meu Deus". Ele estava mais em pânico do que eu. Atingimos uma boa altura, onde conseguimos ver Timbó City como nunca, todas as ruas, casa, empresas, misturadas entre rios e nuvens. Aos poucos fui me acalmando e começei a sessão de fotos. De vez enquando, dava a impressão de que as hélices não estavam funcionando, mas eu me concentrava novamente, e lá estava o barulhinho delas, trabalhando fortemente.


OMG!! Aqui não tinha mais volta!
A vista lá de cima é maravilhosa!
Provavelmente por causa do meu nervosisimo, lá em cima eu perdi um pouco da noção de localização. Meu marido diz que passei perto da nossa casa, onde ele estava do lado de fora abanando, mas com certeza nessa hora, eu deveria estar de olhos fechados, pois nem consegui localizar a igreja que é bem próxima de casa. Percorremos dez quilômetros em mais ou menos cinco a oito minutos, em circulo. É inacreditável como o tempo passa rápido lá em cima. Quando eu percebi, já estávamos sobrevoando o pavilhão da festa novamente. Confesso que senti um rápido alívio.

Voltando ao pavilhão da festa!
Saindo viva e realizada do passeio!
Quando o helicóptero encostou no chão, todos começaram a comemorar, pois todas as pessoas que estavam esperando para subir, estavam nervosas e com o mesmo pensamento que nós: Será que vai cair?
Mas o passeio foi muito gostoso, uma experiência com certeza muito válida, penso que todos quando tiverem oportunidade devem fazê-lo, afinal, não tem preço olhar a cidade onde você mora, lá de cima do céu. Quem sabe se um dia eu tiver uma nova oportunidade como essa, eu fique um pouco mais calma, e consiga aproveitar mais a paisagem e o passeio lá de cima.

Até a próxima aventura!

terça-feira, 16 de outubro de 2012

I Can Fly - Parte 1

Hoje contarei a minha aventura pelos céus de Timbó City. Sim, eu finalmente tirei os pés do chão! A aventura começou assim: me cadastrei em um site no facebook, chamado www.diga1numero.com.br, onde todos os dias, você entra e digita um número. Se o seu número for o menor e único, você ganha o prêmio do dia, pagando apenas um real. Tem prêmio todo dia. Quando vi o prêmio do dia, comentei com meu marido que era esse o prêmio que eu iria ganhar, pois eu nunca havia voado, sendo portanto, um sonho antigo. Digitei meu número e esqueci. No sábado a noite, eu não conseguia dormir e vim para o computador ler um livro que baixei recentemente. E como todo viciado, espiei o facebook.

Quando entrei no site e vi meu nome sorteado logo abaixo do prêmio, saí correndo e acordei meu marido, que já estava no décimo sono, dizendo que eu havia ganhado o passeio. Ele começou a rir meio desacreditado, espiando na tela do computador, meu nome abaixo do helicóptero. Euforia total, da minha parte, claro. O problema foi dormir depois, o que logicamente, não aconteceu, pois o passeio seria no dia seguinte. Levantei cedinho preocupada se eu iria ou não arriscar de voar naquele pequenino "avião". Fiquei pensando se iria chover, se haveria muito vento, se eu iria desistir na última hora, enfim, um milhão de pensamentos na cabeça.

Em letras minúsculas, aí está meu nome abaixo do helicóptero...

Muito bem. Como eu iria trabalhar na festa onde haviam os passeios panorâmicos, fui com um pouco de antecedência para ver se a coragem aparecia. Quando eu e meu marido estávamos chegando, o helicóptero estava pousando, passando a pouco metros do nosso carro. Eu e meu marido nos olhamos e meu coração parecia que iria sair pela boca. Levei minhas coisas no ambulatório onde iria trabalhar e fui no setor administrativo pegar o ticket do passeio. Quando cheguei lá, as meninas que estavam atendendo foram muito queridas, me apoiando para fazer o passeio e dizendo que elas também tinham medo quando foram.

Saí dali com o bilhete na mão, rumo à pista onde o helicóptero estava sendo abastecido. Conversei com um senhor que estava aguardando para ver como as coisas funcionavam, com seu filho, um menino de uns dez, doze anos, que esperavam ansiosos para conversarem com o piloto. O piloto aproximou-se e foi bombardeado de perguntas, a maioria respondendo com gargalhadas. Nos disse que o aviaozinho ficaria parado por vinte minutos e que depois poderíamos levantar vôo. Foram os vinte minutos mais demorados da minha vida. Pai e filho resolveram se juntar a mim nessa aventura, comprando os bilhetes e me fazendo companhia, um apoiando o outro para não desistir.


A ansiedade de não saber se eu conseguiria embarcar ou não, se o aviãozinho iria cair ou não, se eu sairia viva dali, se tudo daria certo, me fez sentir frio e calor ao mesmo tempo, dor de barriga e tremedeiras que insistiam em não ir embora. Olho para trás e lá vem o piloto com uma garrafinha de água na mão. Passando por nós, com um gesto de "vamos lá", sabíamos que agora não tinha mais volta. Uma platéia ao redor acompanhando tudo, não podíamos desistir agora. Respiramos fundo, e lá fomos nós, atrás do piloto.

Continua no próximo post...

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A festinha das crianças - Parte Final

As crianças continuavam correndo enlouquecidas dentro do posto de saúde. Algumas, a doutora surpreendeu, mexendo na medicação injetável, se perguntando que tipo de vacinas eram aquelas. Chamamos nossas animadoras e as crianças, para dentro da sala de reuniões, e a bagunça começou. Crianças gritando, chorando, rindo, mastigando, pulando, enfim, um barulho ensurdecedor tomava conta daquele lugar, virando praticamente uma creche em dia de festa.

Início da festinha!

Bagunça - é tudo o que as crianças gostam!

Nossas animadoras estavam bem empolgadas, fazendo brincadeiras, joguinhos e trenzinhos com os pequenos. Os mais grandinhos (naquela faixa de idade onde querem descobrir tudo) restavam ficar correndo atrás de uma das animadoras, que vestia uma saia mais curta, e tentando descobrir o que havia por baixo da mesma. Não se animaram muito quando viram os babados de uma ceroula, que cobria praticamente toda a parte que gostariam de ver. Eita meninada curiosa!

Uma das animadoras sendo "sequestrada" pelo cinto!
Assustando as criançinhas!
 Então, alguém teve a infeliz idéia de ligar o som, em um volume um pouco alto para um postinho de saúde, com temas infantis e a criançada pirou. Conseguiam fazer mais barulho do que o próprio rádio, que mais parecia uma colméia de abelhas. Depois de algum tempo, percebemos que a mesa esvaziava com uma frequencia bastante rápida, e notamos que os pais, estavam mais famintos que os próprios filhos. Começamos a repor a mesa, uma, duas, três vezes...e agora chega! Deixamos eles acabarem com tudo o que havia sobre ela, e quando o relógio tocou quatro horas da tarde, começamos a recolher as coisas delicadamente.

Comilanças
  
Até nosso dentista Tião, no meio da criançada.
Alguns pais, começaram a arrumar seus filhotes, com suas doações de brinquedos e copinhos cheios de salgadinhos, para voltar para casa. Logo, todo o barulho cessou, e os convidados foram se retirando aos poucos. Começamos a limpeza do local, e logo tudo estava sob controle novamente. A festinha apesar de barulhenta, foi um sucesso! Doamos muitos brinquedos, fizemos bastante bagunça e comemos de montão!

Até mais!

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A festinha das crianças - Parte 1

Após uma reunião de equipe no posto de saúde onde trabalho, resolvemos fazer uma pequena festinha para as crianças do nosso bairro, em comemoração ao dia da criança. Fizemos um mural com várias figuras de crianças sorrindo, brincando, enfeitamos a sala de reuniões onde aconteceria a festa com balões, brinquedos emprestados pela creche do bairro, joguinhos, bonecas e presentes doados. O posto reabriu as 13 horas, e as crianças começaram a chegar. Preparamos a mesa das guloseimas, com as doações e não demorou muito para as crianças atacarem. 

Enquanto isso, no nosso "camarim" improvisado, uma funcionária especialista em pinturas corporais, maquilava outra colega que seria a palhacinha da festa. Ela também estava produzida a caráter. Outras colegas resolveram colocar perucas coloridas para ajudar a animar a criançada, o que foi o meu caso. Como eu estava escalada para servir as guloseimas, a peruca quebrava um pouco aquele ar sério de um posto de saúde.

Começando a produção...
O resultado final - lindas!
Uma das médicas do posto trouxe o som, com temas musicais infantis, lógico, e a festa começou de vez. Até então umas dez crianças apareceram com suas respectivas mães e começaram a brincar e correr por todo canto. Nossas duas animadora sairam do anonimato, para alegria da criançada. E como comem essas crianças! Eu e uma outra colega, quase não conseguíamos repor a mesa, tamanha fome dessas crianças.

Guloseimas doadas por algumas pessoas da comunidade

Cachorro quente que eu fiz...
 
Picolés - nunca comi tantos em um só dia!
E cada vez chegavam mais crianças famitas por comida e brincadeiras. Na real, pensamos que não apareceriam muitas crianças, pois o tempo estava frio e chuvoso, mas nos enganamos feio. Minha última contagem, perto do final da festa foram de quarenta e oito crianças, correndo, gritando e pulando dentro do posto de saúde. O que fazer com toda essa criançada? 


Essa pergunta responderei no próximo post!

Até breve!