domingo, 22 de dezembro de 2013

Oieee, voltei!!

Depois de ter abandonado esse blog por tanto tempo, consegui um tempinho para vir aqui me desculpar e contar o motivo da minha ausência. Muitas coisas aconteceram nesses últimos três meses. Começamos construir a metade da casa que estava faltando e por isso quase não tive tempo para blog, facebook e internet em geral. A notícia boa é que está tudo praticamente terminado, ficando para as férias de final de ano, finalizar a pintura da casa, "terapia" que eu e meu marido vamos começar.

Houveram muitas mudanças para melhor na nossa vida que nem saberia como e o que escrever aqui. Só posso dizer que agradecer por tudo é muito pouco, tamanha abundância que recebemos. Acreditem em mim: pensamento positivo, lei de atração e gratidão funcionam sim e só nos trazem coisas boas. Meu marido que o diga, pois nunca foi muito de acreditar nessas coisas.

Terminamos o ano com nossa casa praticamente pronta, como nos nossos sonhos, com um gramado para o Bobby correr, uma área de festa para receber nossos adoráveis amigos e uma garagem para proteger nosso carro das chuvas de granizo, comuns aqui na nossa região. Estamos com saúde, felizes e com a família e as amizades sempre presente em nossas vidas. Esse ano não poderia ter sido mais perfeito.

Só tenho a agradecer por tanta coisa que tem me acontecido. As boas e as ruins, umas me deixarão saudades e outras me trarão aprendizado me tornando alguém melhor.


Um abençoado Natal a todos e um Ano Novo maravilhoso, recheado de coisas boas!!

Um grande abraço a todos!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Magreza

Eu sempre fui magrela. Meu apelido no colégio era "pudim de osso" tamanha eram as proeminências ósseas visíveis nos meus braços e pernas. A única coisa que eu tinha em abundância era cabelo. Imaginem agora eu com meus cabelos espigados (parecendo uma vassoura) e tão magra que minhas "saboneteiras" eram visíveis a quilômetros de distância. Para minha mãe, a mais linda de todas as meninas, apesar da magreza. Eu era uma preocupação constante, segundo minha mãe, que SEMPRE comentava com as pessoas conhecidas os litros de biotônico fontoura, sadol, emulsão de scott e outras receitas milagrosas que usou, para fazer meu apetite aparecer e consequentemente, ganhar uns quilinhos.

Ainda consigo sentir o gosto alcóolico do sadol (na época tinha álcool na fórmula), o gosto do peixe na emulsão de scott, que depois de alguns anos tomando o original, lançaram nos sabores laranja e morango, para minha felicidade. Passando minha infância, entrei na adolescência e o problema persistia. Minha mãe já não sabia o que me dar para tomar para o ponteiro da balança subir um pouquinho. Lembro-me do meu pai brigando comigo na mesa para eu comer mais carne (coisa que até hoje não gosto), picando ela no meu prato e me forçando a comer. Mal sabia ele que quem comia toda aquela carne picada, era o gato embaixo da mesa. Esses sim eram gordinhos.


Na minha adolescência os estimulantes de apetite foram esquecidos, e as vitaminas para memória começaram a aparecer: memoriol B6, vitforte, centrum e mais um milhão de coisas. Além de magra, minha memória também pifava de vez em quando. Talvez porque eu estudava demais (risos). E eu sempre magra de dar dó. Mas devo dizer que todo esse processo que mamãe fez para que eu me alimentasse melhor, apareceu agora, depois dos trinta e cinco anos, e que nesse momento da minha vida, o que eu menos precisava era de um efeito cumulativo de estimulantes de apetite. Teve um momento lá pelos meus vinte anos, em que eu fiquei gordinha (engordei uns doze quilos em pouco tempo), fazendo com que minha mãe se arrependesse de ter me dado tanto sadol. E após um regime bastante energético por parte da minha mãe, lá se foram os doze quilinhos para as alturas, em apenas dois meses. Eu fiz tratamento estético porque a gravidade não me ajudou muito.


Então agora, passados muitos e muitos anos, tive uma surpresa. Sempre pesei entre cinquenta e cinquenta e dois quilos e a mais ou menos um mês atrás, testando a balança no postinho onde trabalho, veio o resultado: cinquenta e oito quilos cravados naquela maldita balança digital. Comecei a tirar tudo aquilo que poderia me fazer ficar mais pesada, como jaleco, celular, canetas e tênis. Os números continuavam iguais, firmes e fortes me fazendo entender porque eu sentia tanta falta de ar e porque tudo estava tão "pesado" na minha vida. Acho que ali eu acordei. Foi logo depois de descobrir que meu colesterol também estava pedindo socorro.

Meu corpo em sofrimento, lembrei das sábias palavras de alguém que não lembro o nome, que disse que temos que cuidar do nosso corpo físico, a casinha do nosso espírito. Ok, confesso que não foi só por causa dessa frase que mudei meus pensamentos, mas me ajudou bastante. Resolvi emagrecer, diminuir o colesterol e ficar um pouco melhor comigo mesma. Cortei tudo aquilo que não era saudável e que desde criança eu comia as toneladas sem nunca me fazer mal. Lembram do post que escrevi esses dias sobre nosso metabolismo ficar lento depois dos trinta? Bingo!

Consegui emagrecer suados quatro quilos e o caminho ainda é longo para conseguir ser um pouquinho mais saudável. Cortei o açúcar do café matinal, fiz algumas trocas nos lanches da manhã e tarde, estou comendo mais fibras e tomando mais água. Frituras eu nem passo perto, mas sinto uma saudade enorme de comer uma porção de fritas. Desisti do refrigerante, da pizza, dos incontáveis cachorros quente e x saladas, dos chocolates (agora somente meio amargo) e de tudo aquilo que eu sei que me prejudica.

Ai que vontade!!!!
Exercícios ainda é um passo distante, mas não abandonou meus pensamentos.Como é engraçado que a gente só resolve mudar as coisas quando acontece algo que nos deixa preocupados. Agora me sinto melhor, minhas calças entram novamente, consigo caminhar e dormir mais tranquila. Daqui para frente é ter paciência, criatividade e persistência.


Até logo!














domingo, 6 de outubro de 2013

Panquecas Americanas

Depois da nossa viagem a New York em março deste ano, voltei querendo aprender a fazer as famosas panquecas americanas que é servido no café da manhã deles. Testei uma receita dias atrás e eis que achei a massinha perfeita dessas panquecas. Acredito que essa mesma mistura pode ser usada para fazer waffles, pois o gosto é o mesmo que o americano. Como ainda não comprei a maquininha de fazer waffles, comecei a fazer panquecas para o café da manhã, pois é muito fácil e rápido para preparar. Vamos à receita:


As minhas não ficam tão perfeitinhas, mas ficam macias e gostosas.

Bata tudo no liquidificador:

1/2 xicara (chá) leite
2 colheres (chá) fermento em pó
1 ovo
1 xícara (chá) trigo
2 colheres (sopa) açúcar
1/2 colher (chá) sal
1 colher (chá) azeite

Unte uma frigideira com um pouquinho de manteiga ou azeite, coloque uma colher grande de massa para fazer uma panqueca. Doure dos dois lados e está pronta. Pode servir com mel, geléia de mirtilo, amora ou morango, ou se achar para comprar o xarope de bordo (maple syrup), que é o que os americanos colocam sobre as panquecas.


Até a próxima receitinha!




terça-feira, 1 de outubro de 2013

Arco - Iris

Na minha casa, eu tenho um privilégio que poucas pessoas tem. Eu vejo o arco íris todos os dias que o sol resolve aparecer. Calma que eu explico. Quando o dia amanhece bem claro e ensolarado, na parede do meu banheiro refletem em dois pontos da parede, dois pequenos arco-íris que permanecem ali por um bom tempo. Ás vezes aparece um só, como nesse da foto abaixo, mas tem dias que aparecem os dois. Não sei como essa preciosidade acontece, mas os desenhos são tão perfeitos que dá para perceber cada cor nitidamente, mas infelizmente, eles são pequenininhos. Entro no banheiro para escovar os dentes ou tomar banho e lá estão eles, me acompanhando desde cedo, fazendo com que eu abra um sorriso no momento em que eu os vejo.

Sempre fui fascinada pelo arco-iris e ficava imaginando o pote de ouro no final dele quando eu era criança. Quem não lembra dessa historinha? Tenho guardada algumas fotos onde aparecem arco-iris depois das chuvas fortes, para nunca esquecer a sua beleza. E hoje ele aparece dentro da minha casa, na parede do banheiro sem precisar ter uma tempestade para ele dar o ar da sua graça.


Meu pequeno arco-íris
Essa foto tirei hoje de manhã, e para minha alegria, ultimamente ele tem aparecido com bastante frequência. Uma coisinha tão simples, capaz de fazer o nosso dia começar melhor!


Boa semaninha!!!

domingo, 22 de setembro de 2013

A Crueldade do Tempo

Desde criança ouço as pessoas reclamando sobre como o tempo passa rápido e quão cruel ele é conosco, para alguns mais e para outros, um pouco mais ameno. Não tem jeito, vamos envelhecendo a medida que o tempo passa e as coisas que antes achávamos fáceis, impossíveis e até aquelas que pensávamos que nunca aconteceriam conosco, acontecem. Por que estou sendo tão pessimista? Na real não estou sendo pessimista e sim realista em relação aos acontecimentos dos nossos dias. A menos que você tenha a doença do Benjamin Button, com certeza você irá envelhecer e o tempo não terá pena de você.

Estou escrevendo esse post, porque hoje fui buscar meus exames no laboratório e quando olhei o resultado deles, fiquei bastante surpresa. Trabalho a mais de quinze anos na saúde e todos os anos faço check up, pois lidamos com todo tipo de doença e contaminação. É um jeito de me proteger e proteger também os pacientes com quem eu lido diariamente. Nunca precisei tomar qualquer medicação para dormir ou para depressão como vejo quase a maioria dos meus colegas de profissão e muitos pacientes tomando.


Meus exames vieram com as taxas de colesterol bem acima do normal, o que me deixou um pouco inquieta, pois sempre tentei me cuidar, principalmente na alimentação. Tudo bem que não sou um exemplo de pessoa saudável a ser seguido, devido minhas escorregadas de vez em quando em uma bomba de chocolate ou um pacote de miojo. Podem não acreditar mas comi tanto miojo na minha vida, que poderia ganhar um prêmio do fabricante por tê-los enriquecido esses anos todos. E eu ainda não enjoei. Mas a consequência de tanto miojo e mais algumas comidas engordativas que prefiro não citar aqui, fez com que as taxas do meu colesterol tenham aumentado significadamente.

Até ano passado eu não tinha qualquer alteração nos exames, e na real a minha alimentação é a mesma. Eu sei que tenho que me cuidar daqui por diante e é o que eu pretendo fazer. Mas foi por causa dessa situação que percebi o quanto o tempo muda nossa vida, nosso corpo e nossa cabeça. Existem coisas que eu fazia até um tempo atrás com muita facilidade e que hoje para mim é um desafio, como comer muito sem engordar, correr por um pedaço da estrada sem faltar o ar, andar muito rápido e até alguns movimentos que antes eram feitos sem nenhum grau de dificuldade, mas que hoje, feitos um pouquinho mais bruscos, resultam em um torcicolo amanhã. É a velhice chegando...


Eu sei que estou exagerando um pouco e que se eu parasse de comer porcarias e praticasse um exercício físico, eu teria mais disposição, menos falta de ar e os exames com as taxas de colesterol aceitáveis. Mas quando passamos de uma idade, no meu caso dos 30, as coisas se tornam mais lentas e mais difíceis de praticar. A preguiça e o cansaço são nossos companheiros inseparáveis (insira aqui gargalhadas). Na verdade, depois de certa idade, nosso metabolismo fica mais lento, engordamos mais fácil, temos mais dificuldades de fazer certas atividades, ficamos mais "duros" e tudo nos cansa mais fácil. Mesmo praticando exercícios e fazendo tudo aquilo que o médico prescreve, se alimentando corretamente, uma hora nosso corpo pára, assim como uma máquina, pois é isso que ele é.


Nada vai durar para sempre, sabemos disso, e o que temos que fazer é levar uma vida mais saudável possível, cuidar do nosso corpo, que é a "casinha" do nosso espírito, ter bons pensamentos e viver o melhor possível dentro das nossas possibilidades. Eu vou tentar aos poucos mudar minha alimentação, vou ter que fazer algum exercício físico para aumentar minha resistência, e ir me adaptando as mudanças que o tempo me impõe, afinal  a saúde não vai durar para sempre.


Bom final de semana chuvoso a todos!



domingo, 15 de setembro de 2013

Setembro

Setembro sempre foi um mês agradável para mim. Pessoas queridas fazem aniversário, mês onde começa a primavera e as flores aparecem. Começam a aparecer os primeiros indícios que logo teremos dias mais quentes e que o inverno resolveu tirar uma soneca. Apesar de não gostar do calor, em setembro ainda consigo usar uns casaquinhos de vez em quando, pois sempre tem uma brisa fresquinha soprando.

As flores começam a aparecer...
Especialmente hoje, dia quinze, é aniversário da minha Vó Ana, que se tornou um espírito de luz em abril desse ano, mas não posso deixar de lembrar dessa data tão especial. Tenho certeza que ela está lá em cima comemorando seus "96 anos" com muita alegria e paz. Um dia estaremos todos reunidos outra vez para dividir aquele bolo de chocolate branco que a Vó tanto gostava. E enquanto esse dia não chega, aproveito para preencher minha vida com coisas boas e saudáveis, como ter amigos e família sempre por perto, viajar quando possível, ler muitos livros, assistir muitos filmes e seriados e fazer tudo aquilo que eu gosto.


Por falar em amigos, esse ano, mais especificamente em setembro, recebemos a visita de dois amigos ilustres que moram distantes de nós. Um deles voltou a morar no Brasil, o que nos alegra muito, pois muitas conversas e taças de vinho virão, mantendo nossa amizade sempre bem informada. O outro mora longe, mas sempre que tem oportunidade de nos visitar, ele não nos decepciona. Apareceu ontem aqui em casa e como sempre foi uma companhia maravilhosa. Obrigada aos dois por estarem e permanecerem nas nossas vidas. Vocês são muito especiais!


Quando chegamos em setembro, tenho a impressão que o final de ano está mais próximo do que eu espero. Sempre me surpreendo olhando o calendário e riscando os dias que passam voando, e quando vejo estamos comemorando o Natal. Depois de setembro vem outubro, que é o mês do meu aniversário. Apesar de não gostar muito de comemorar meu aniversário, gosto da idéia de aproveitar o dia para juntar nosso amigos e colocar os papos em dia. É sempre muito prazeroso reunir todos ao redor de uma mesa e comemorar.

Por falar em mesa, esse mês também começaram as construções aqui em casa, onde nos planos estão uma área de festa para reunir os amigos. Tem sujeira e barro vermelho espalhado por todos os cantos para a alegria do Bobby que até mudou de cor, está alaranjado desde que começaram as obras. Para meu desespero, tem um pózinho vermelho espalhado por todos os cantinhos da casa, mas eu sei que isso é passageiro e que logo tudo estará limpinho outra vez. A previsão é que até final de outubro esteja tudo pronto. Quem sabe não sai uma festinha de aniversário na nova área construída? Fico no aguardo da conclusão das obras...

Bobby todo sujo e sua inseparável boneca da cor do barro!
Metade do mês já passou. As coisas começam a ser planejadas para o final de ano. Aqui onde trabalho já sabemos nosso último dia de trabalho e quando retornaremos. Já comecei a fazer a lista de presentes de Natal e logo é tempo de ir no correio buscar uma nova cartinha do Papai Noel e realizar mais um sonho de uma criança. Quase já é tempo de pensar se vamos para a praia ou para o campo no fim de ano. Com os amigos ou com a família? São tantas coisinhas para pensar e o tempo não espera. Mas fico muito feliz em olhar para trás e ver que estando quase no final de mais um ano, consegui realizar grandes sonhos e pequenos também. Foi um ano muito trabalhado, viajado e aproveitado.

Ainda tem muita coisa pela frente, afinal são mais 108 dias até terminar o ano. Temos tempo de realizar muita coisa ainda, então vamos em frente, pensamento positivo que os próximos meses serão os melhores.


Bom final de semana!








domingo, 25 de agosto de 2013

Quatro Anos!

Esse mês eu e meu marido estamos comemorando quatro anos de união, e logo mais em novembro, quatro anos de casamento. Sim, foram apenas três meses de namoro e a decisão de casar veio logo, tamanha certeza de que éramos almas gêmeas. Posso dizer que esses quatro anos foram os mais aventureiros que vivi até agora, do alto dos meus quase trinta e seis anos. Fizemos muitas coisas legais juntos, colocamos muitas idéias malucas em prática e acima de tudo, em total sintonia. Meu marido é um grande companheiro de aventura e é difícil lembrar quantas vezes ele me disse não para colocar em prática, mais uma das minhas idéias nem um pouco previsíveis. Não gosto de programar muito as coisas, com muito tempo de antecedência, então quando a epifania aparece, já está praticamente tudo pensado.

São inúmeras façanhas que fizemos ao longo desses quatro anos. Nesse tempo, aprendemos a degustar um bom vinho e começamos a apreciar juntos,  pois até então nenhum dos dois sabia a diferença entre uma garrafa de vinho de dez reais e outra de cinquenta reais. Começamos a assistir seriados, um atrás do outro quase que alucinadamente, gosto esse muito comum entre nós dois. Nosso primeiro seriado foi Arquivo X e até hoje seriados são um dos nossos programas preferidos, tanto que já perdemos a  conta de quantos assistimos. Seriados e vinho são uma combinação perfeita para ambos.

Sempre vazias...
Voei de avião pela primeira vez e conheci Brasília, coração do Brasil e incrivelmente linda, muito diferente daquilo que eu imaginava. Voei de avião pela segunda vez e fiz minha primeira viagem internacional, onde realizei um sonho de infância: conhecer New York. A emoção de colocar os pés na Times Square, com lágrimas nos olhos e o coração saltando pela boca não tem preço! Uma viagem inesquecível, cheia de boas lembranças, como a neve que eu vi pela primeira vez na vida, no Central Park. Essa é só o começo das viagens que pretendemos fazer pelo mundo. E eu já ia esquecendo...também voei em um helicóptero após ter ganho o bilhete em um sorteio on line, experiência essa que não pretendo repetir tão cedo. Bem diferente de um avião, tive a impressão que não voltaria para contar a experiência.

Chegando em SP vindo de NY
Neve no Central Park
Assisti ao show da minha banda preferida, que embalou desde o começo do nosso namoro até os dias de hoje, fazendo parte constante da nossa vida. Outro sonho realizado. Ainda hoje quando olho as fotos, não consigo acreditar que vi Eddie Vedder em carne e osso a poucos metros na minha frente. Não conseguiria escrever em palavras a emoção de estar tão perto de alguém que admiramos tanto. Inesquecível! E do jeito que as coisas aconteceram para que tudo desse certo, não poderia ter sido mais perfeito.

Eddie Vedder - Nov/2011
Construímos a nossa família, talvez não do modo tradicional, mas agora somos em cinco aqui em casa. Adotamos dois gatos, a Cuddy e o Ozzy e recentemente adotamos um cachorro de rua, o Bobby que está nesse momento deitado no sofá, assistindo ao lado do pai dele, meu marido. Animais de estimação são as melhores coisinhas que poderíamos ter adquiridos para viver conosco. São histórias e risadas sem fim.

Descobri que o youtube não é tão ruim assim como eu pensava, afinal, através das aulas em vídeo e muita paciência, finalmente aprendi a fazer sushi, comida essa que tenho verdadeira paixão. Com vinho então, nem se fala. Também nesses quatro anos, eu resolvi criar esse blog que até então seria mais para receitas e experimentos culinários, mas eu acabo desabafando e escrevendo tudo o que me vem a mente, o que não deixa de ser uma terapia. Escrever, mesmo que com muitos erros e algumas frases sem noção, me deixam mais motivada e menos estressada. Me faz muito bem, e é isso que importa.

Eu que fiz!
E foram muitas idéias mirabolantes colocadas em prática. Levantar de madrugada e correr para o ponto mais alto da cidade só para ver nevar, talvez porque foi a primeira vez que nevou na nossa cidade. E tirar fotos incríveis. Levantar novamente de madrugada para ver a chuva de meteoros acontecer, acampar com amigos por um final de semana inteiro e  fazer churrasco na Sexta Feira Santa,  participar de uma, aliás, duas degustações de vinho e beber até não poder mais, fazer os passaportes e os vistos e passar pela entrevista na imigração sem gaguejar, para finalmente poder se atirar pelo mundo. Fazer tantas invenções culinárias até quase colocar fogo na casa, mas aprendemos a fazer muitas coisas gostosas.

Banhos de chuva, carro velho vazando gás, roda de violão com os amigos, construções, passeio de Maria Fumaça, injustiças, esperas intermináveis em aeroportos, sobrinhos, novos amigos e os antigos também, milhões de filmes e episódios de seriados, algumas taças de vinho brindando a vida, shows de rock, jantares com amigos e risadas até a barriga doer, paintball e fotos espalhadas pela casa, onde provam que esses quatro anos valeram a pena. E que venham os próximos anos...



Bom final de semana a todos!
















sábado, 10 de agosto de 2013

As Pessoas Precisam Falar!

Dia desses, eu estava pensando sobre como eu seria se eu tivesse estudado psicologia. A psicologia sempre foi algo que me atraiu, mas acredito que para ficar fechada em uma sala, ouvindo as pessoas falando todos os seus problemas, certamente eu não seria uma pessoa feliz. Na profissão que eu escolhi, acredito que somos também além de enfermeiros, um pouco de psicólogos. Ouvimos reclamações dia e noite, as pessoas nos procuram geralmente quando precisam de algum tipo de ajuda, e em muitos casos, apenas uma conversa, um pouco de atenção, um bom ouvido para a pessoa desabafar já resolve o problema. Acho que todos somos um pouco psicólogo, independente da profissão que escolhemos.

As pessoas precisam falar, precisam contar, desabafar aquilo que as incomoda. Ouço todos os dias, os mais variados tipos de problemas, desde a descoberta de uma nova doença, até aquela pessoa que chega ao posto de saúde, com a pressão altíssima porque discutiu com alguém. Nesses casos uma boa conversa, pode ajudar e muito a pessoa se acalmar e consequentemente a pressão estabilizar. Mas eu percebo no dia a dia um tipo de carência geral dos pacientes que nos procuram, a maioria gostaria de sentar e contar alguma coisa da sua vida. Quando eu posso e o meu tempo permite, eu gosto de escutar o que incomoda as pessoas, os seus tipos de problemas, porque sempre aprendemos alguma coisa  com aquilo.

Percebo então, que na verdade aquilo que eu acho que é um problema em minha vida, não se compara ao problema daquele paciente que após algumas lágrimas e um pouco de vergonha, revela algo realmente problemático. É nessas horas que eu vejo o quanto Deus foi generoso comigo. Essa necessidade que eu vejo na minha profissão das pessoas precisarem se expressar de alguma forma, de precisarem alguém que as ouça e as aconselhe, fez com que eu treinasse um pouquinho todos os dias, o meu lado ouvidor e aconselhador com meus pacientes.

Acredite, eu não dou conselhos que mudarão a vida das pessoas, mesmo porque eu também as vezes preciso deles, mas acredito que algum tipo de motivação, algumas palavras boas podem ajudar a clarear um pouco as coisas, ajudar de alguma forma. Você não precisa ser um psicólogo para conversar com alguém, ouvir um pouco e dar a sua sincera opinião. Sim, as minhas opiniões são sinceras, mesmo que as vezes um pouco fora daquilo que a pessoa gostaria de ouvir, mas eu tento fazer com que as pessoas que pedem a minha opinião, vejam os dois lados da moeda. Funciona com alguns pacientes que me fazem perguntas no posto.


Os psicólogos tem suas técnicas, seu modo de conversar, ouvir e decifrar as pessoas baseadas nos seus estudos científicos e acredito que seu trabalho ajude muito as pessoas que os procuram. Onde eu trabalho, também temos uma psicóloga que nos ajuda a resolver os problemas mais cabeludos, aqueles que uma simples opinião ou palavras bonitas não resolvem. Quando nos deparamos com um grande problema no meu local de trabalho, fico imaginando como seria se eu fosse a psicóloga, como eu resolveria a situação, enfim, como eu Flávia seria trabalhando como uma psicóloga.

Penso que com a tecnologia sempre inovando, a internet nos deixou um pouco mais solitários em relação a aproximação com as pessoas. A maioria prefere ficar em casa, atrás de um computador conversando com um amigo, do que ir pessoalmente na casa da pessoa, tomar um café enquanto conversa. Falta mesmo é o toque, o olhar, pegar na mão. Talvez por isso essa carência que mencionei acima, faça com que as pessoas precisem cada dia mais de pessoas que as ouçam, que lhes dê atenção, afinal, os tempos estão mudando e as pessoas perderam aqueles velhos costumes de visitar, de escrever cartas, de ter um contato cara a cara.


O mundo está ficando cada dia mais carente de gentilezas, de companhia, de atenção, de contato entre as pessoas.


Bom final de semana!









quarta-feira, 24 de julho de 2013

Neve em Timbó

Não se fala em outro assunto aqui na pequena cidade de Timbó, interior de Santa Catarina. As pessoas se encontram na rua e o primeiro assunto é sobre a neve que caiu no dia 23 de julho, coisa que até então era desconhecida por muita gente aqui nessa cidadezinha. Fiz uma pesquisa para saber em que outro momento nevou em Timbó, mas confesso que não achei nada específico sobre uma data. Hoje de manhã, passando para ir a padaria comprar um lanche, escutei em uma conversa de alguns idosos aqui do bairro onde eu trabalho, que a última vez que havia nevado em Timbó foi em 1943. Corri para o google e pesquisei, mas nada constava sobre ter caído neve nessa data ou em outra data qualquer.


Tentando subir

Espetáculo!
Fiquei muito feliz em poder fazer parte desse espetáculo inédito aqui da nossa cidade. No início, meu marido estava com um pouco de preguiça de levantar da cama para passar frio, mas quando ouviu na rádio que o local que eu queria ir vistar estava coberto de neve, foi o primeiro a estar pronto para sair. Câmera na mão, muito casacos, cachecóis, toucas e luvas, partimos para o Morro Azul, um dos lugares mais altos de Timbó (758 m), segundo pesquisas. O Morro Azul fica a mais ou menos uns vinte minutos da nossa casa, o que facilitou bastante a nossa chegada lá em cima. Saímos de casa perto das 7:30 e logo que começamos a subir o morro, a paisagem começou a mudar de cor, ficando praticamente toda a subida com várias áreas brancas na lateral da estrada, neve espalhada por toda a parte.

Paz


E a guerra de bolinhas de neve começou...
Assim que começamos a subir a parte mais íngreme, vimos um carro estacionado um pouco abaixo do local que gostaríamos de ir, e outro já começando a estacionar. Tentamos fazer a curva com a pista completamente congelada, mas não foi possível. O carro não iria subir e descemos devagarinho de ré até encostar atrás de outro carro já estacionado. Descemos do carro e subimos uns dez minutinhos a pé até chegar no local desejado. A paisagem estava irreconhecível. Parecia que estávamos em outro país, menos em Timbó.




Poucas pessoas já estavam no local fotografando e estasiados com tanta beleza. Confesso que cheguei quase sem fôlego lá em cima, pois minha capacidade pulmonar no momento está um pouco abalada pela falta de exercícios, mas após várias e várias pausas, eu consegui chegar lá. Tá certo que meu marido além de me motivar toda a subida, ainda me puxou em alguns pontos mais críticos, mas conseguimos chegar ao nosso destino. O vento estava cortante e o gelo começava a cair das árvores em nossas cabeças.

Fotografamos, fizemos guerra de bolinhas de neve, escorregamos (eu), apreciamos a vista por um bom tempo, vimos pessoas chegando e saindo, todas com o mesmo sentimento de gratidão por ter apreciado aquele momento tão único. Depois de muitas fotos e brincadeiras, começamos a descer para voltar para nossa casa quentinha, afinal, nós estávamos gelados e molhados de tanta neve que havia naquele Morro Azul. Quando chegamos perto do nosso carro, haviam muitas pessoas a pé e carros tentando subir, o que causou um congestionamento bem difícil. Tivemos sorte de ter sido quase um dos primeiros a chegar lá em cima e enquanto todos estavam querendo subir, nós já estávamos de saída.

Colocando a cabeça no boneco...
Olha a minha obra de arte...
Admirado com tanto talento!


Após um pouco de paciência, conseguimos sair e voltar para casa, mas o alvoroço na cidade era grande para ver a neve de perto. No dia seguinte, havia previsão de geada forte. Então, levantamos cedinho e fomos ver os campos em um bairro pertinho aqui de casa. Estava tudo branquinho de geada e aproveitamos para fotografar também, mas nada comparado a neve que caiu no dia anterior. Abaixo algumas fotos do dia 24 de julho para vocês terem uma ideia da geada.

Pomeranos - Mulde

Aqui em casa também geou!


Friooooo demais!
Um privilégio!
Sinto-me privilegiada por esse ano ter visto a neve duas vezes, uma em NYC e outra na minha cidade, coisa que era praticamente impossível, mas que com muita fé, acabou acontecendo. Acredito que irá demorar muito para esse fenômeno acontecer novamente, mas as lembranças estarão guardadas para sempre nas fotos e na minha memória. E acreditem, dinheiro nenhum paga isso!

Até logo!




sábado, 13 de julho de 2013

Amizades

Ainda não achei uma palavra certa para definir o que é um amigo, aquele amigo de verdade. Existem vários adjetivos para essa pessoa tão especial que escolhemos para fazer parte da nossa família. Mas existem vários tipos de amigos. Existe aquele amigo que você tem desde a infância, que conviveu e participou da sua vida toda, sabe os teus segredos, até aqueles mais sórdidos. Tem também aquele amigo que você faz no trabalho, na academia, em um novo curso e que você sente uma afinidade tão grande, que não quer que ele desapareça mais. E aquele com quem você viveu vários momentos legais da sua vida, que fizeram muitas festas juntas e tem muitas história boas para contar. Tem aquele que é quase um irmão.

Com tantos amigos, fica difícil quando você quer fazer um café, um festinha ou um cocktail e convidar todos eles, afinal, além de você não ter na sua casa lugar para toda essa gente sentar, ainda acaba que você não consegue dar a atenção merecida a todos como deveria. Então você acaba dividindo esses eventos em várias festinhas ao longo do tempo, onde você vai convidando alguns, na outra festa, outros e por aí vai.

Aqui em casa é muito difícil quando queremos fazer alguma coisa, até mesmo um jantar, pois nossa casa é bem pequenininha e consequentemente tem poucas cadeiras para sentar. Resolvemos fazer o aniversário do meu marido e convidamos alguns amigos de longa data e que são muito especiais e queridos por nós. Alguns não puderam vir pois já tinham algum compromisso agendado para a data, outros estavam muito longe e infelizmente não teriam como se deslocar até aqui. Mas a parte mais difícil foi fazer uma pequena lista de pessoas que gostaríamos que viesse e essa lista começou a crescer muito. Por um lado fiquei bem feliz em saber que temos tantos amigos, de todos os tipos que fazem parte da nossa vida. Por outro fiquei meio decepcionada de não poder convidar todos para comemorar o aniversário do meu marido.




Mas devo dizer que a noite foi perfeita. Fizemos somente uns aperitivos, algumas comidinhas e cada convidado que chegava, trazia uma garrafa de vinho que seria degustada junto com os "quitutes". A noite foi muito agradável, com muitas risadas e trocas de experiências dos convidados sobre suas recentes viagens. Me diz para que coisa melhor do que falar sobre viagens, degustando umas boas taças de vinho e se deliciando com uns canapés divinos. Realmente uma pena que não conseguimos juntar todos que gostaríamos que viessem. Mas ano que vem promete...



Quando conseguimos reunir toda essas pessoas tão especiais em nossas vidas, é incrível como nos sentimos felizes com tão pouco. Somente o fato de estarmos reunidos conversando já é suficiente para tornar uma simples noite de sábado, em algo inesquecível e maravilhoso. E é isso que os amigos fazem. Compartilham conosco suas risadas, suas lágrimas e angústias, suas experiências de vida, seus gostos e desgostos. E assim é a vida. Devemos aproveitar a todo instante as coisas simples que ela nos proporciona como uma amizade duradoura, reunir os amigos e rir até a barriga doer, contar nossas aventuras e escutar o que eles tem para contar.

Quem tem um amigo de verdade, nunca estará sozinho!

Até logo!


quarta-feira, 26 de junho de 2013

Bobby

Meu marido sempre quis ter um cachorro. Eu prefiro gatos. Temos dois gatos que adotamos desde quando nos mudamos para nossa casa e eles são "a alegria" da casa. Para nossa surpresa, a uns meses atrás apareceu um cachorrinho de rua na nossa porta, pedindo comida e carinho. Começamos a tratá-lo e claro que nos apegamos ao bichinho, surgindo assim aquela indecisão de adotá-lo ou não. Após muito conversar, decidimos adotá-lo, comprando uma casinha, pratinhos novos, remédio de pulga, vermífugo e ... banho.

Bobby (frente) com sua "namoradinha" Sara Lee ...
Depois de muito planejar, conseguimos cercar a nossa casa, que até então, era invadida por crianças e animais da vizinhança, quando estávamos trabalhando ou passeando. Pequenos vândalos que sujavam as janelas, paredes e o terreno com suas patas e pés sujos, com bolas de plásticos e papeizinhos de balas. Agora isso tudo acabou!  Com o Bobby de guarda dentro do terreno cercando, os pequenos vândalos se afastaram, não ousando sequer olhar para dentro da cerca.

Ele apareceu do nada, faminto, sujo e com cara de abandono. No início,  vinha apenas comer e voltava para a rua. Mas com o tempo, ele foi ganhando atenção, carinho e uma casa. Hoje ele faz parte da nossa família também. Bobby é um cachorrinho de rua sem raça definida, carinhoso, brincalhão e que nos conquistou com seu olhar triste. Com o passar do tempo, descobrimos que nosso cãozinho estava doente, pois não parava de tossir e decidimos levá-lo ao veterinário. Chegando lá após ser examinado e feito alguns testes, descobrimos que Bobby além de pneumonia, tinha cinomose.


Começamos então um ritual de tratamento, com medicação e deixando ele dentro de casa para não pegar mais frio, pois a pneumonia foi adquirida nas suas noitadas na chuva e no frio. Todos nós sabemos que a cinomose não tem cura, mas estamos tratando os sintomas que vão aparecendo ao longo do tempo. Hoje ele já está bem melhor, ativo, brincalhão, seus pêlos cresceram consideravelmente, pois quando o pegamos, também estava desnutrido.

Em troca de todo carinho e atenção, dos banhos, comidas e brincadeiras, ele protege nossa casa com unhas e dentes. Também se deu muito bem com nossos gatos, apesar de no começo, o Ozzy não gostar muito da idéia. Hoje a convivência é pacífica, Bobby tem sua casinha quente, seu macaquinho de pelúcia para brincar (o Kong), que ele adora e o tratamento da cinomose continua. Quanto a pneumonia, ele já está curado.

É difícil você decidir adotar um animal de rua já adulto e doente, pois assim como ele não teve dono, sempre teve que lutar para comer, para ter um canto para dormir, para sobreviver. Ás vezes o Bobby não nos obedece, pois não foi acostumado aos "nãos" necessários, aos limites, nos mostrando os dentes e rosnando. Entendemos que ele não tinha até então, alguém para respeitar como dono, e como já comentei, é difícil adotar um animal com a personalidade já formada.


Paciência é a palavra chave, pois com o tempo ele vai se adaptando aos costumes da casa. Agora ele entende que só pode ficar no sofá até a gente ir dormir, depois tem que ir para a casinha. Que a ração dele não é  a mesma que a dos gatos. Que tudo tem um limite, mas ainda não entendeu que não pode ficar cavando no barro vermelho toda vez que o colocamos fora de casa. Ainda estamos em treinamento com ele, mas é complicado tirar esse hábito dos cães, não é?

Apesar de todas as coisas que tivemos que abrir mão por ele, dos gastos, da paciência, da correria ao veterinário que não foi apenas uma vez, fico muito feliz em tê-lo na nossa casa, afinal de contas, quem nos adotou foi ele. Tem dias que a gente fica meio impaciente com ele, pois os cães tem uma energia inacreditável, mas o seu olhar, o seu carinho e suas brincadeiras compensam qualquer coisa.

Tenho certeza absoluta que adotar um animal de rua nos torna pessoas melhores!

Até logo!



sábado, 15 de junho de 2013

Dexter and Me

As pessoas que conhecem bem eu e meu marido, sabem da nossa adoração por seriados de TV. Desde o início do nosso namoro, uma das várias afinidades que temos é assistir séries, acredito até que a mais forte de todas. No momento estamos assistindo Dexter, mas confesso que no começo, apesar de ter ouvido falar muito dessa série, não gostei dos primeiros episódios, chegando ao ponto de pensar em desistir de assistir. Por insistência do meu marido, acabei continuando a assistir com ele, e conforme os episódios aconteciam, comecei a me interessar mais pela história. Hoje vamos começar a quinta temporada, e confesso que é um dos melhores seriados que assisti, porque me identifiquei muito com o personagem de Michael C. Hall, o famoso Dexter Morgan.


Não pense que eu sou uma assassina ou tenho uma mente fértil quanto o Dexter tem, mas existem particularidades que aparecem na série, das quais eu me identifico muito. Assim como o Dexter, eu sou uma pessoas extremamente observadora, e tem coisas que a maioria das pessoas não vêem e que eu percebo, e quando eu resolvo contar, as pessoas ficam me olhando como se eu fosse um ser de outro planeta. Também não costumo tomar uma decisão ou fazer alguma coisa grande, se eu não tiver 100% de certeza que vai dar tudo certo, entrando aqui minha afiada capacidade de observação.


Eu observo muito as pessoas, sem que elas percebam. Eu percebo aquele olhar que você acha que ninguém viu, sabe aquele que a pessoa olha para a outra e pensa "otária"...eu já vi isso muitas vezes. Eu posso dizer todos os cacoetes, tics, e manias que as pessoas ao meu redor tem, e tenho certeza que você pensa que ninguém nunca percebeu. Eu percebi sim. Eu leio pensamentos. Não da maneira que você imagina, mas de uma forma bem particular que o meu marido conhece ( né Fabio?). Eu sei o que você pensa, através do seu olhar, do jeito que você coloca as suas mãos, ou dobra as pernas, pela forma como você reage a certas coisas. Você não sabe o quanto observar as coisas, nos faz perceber os detalhes mais sórdidos, mais escondidos, mais secretos nas pessoas.

Mas as vezes tem coisas que eu preferia não ter visto, e eu juro que não foi de propósito. Assim como meu amigo Dexter, eu tenho meus segredos, eu guardo o segredo de outras pessoas de muitos anos e lhes garanto que ninguém jamais ficará sabendo. Existem coisas que não precisam ser mostradas, faladas, feitas ou relembradas. Mas os segredo dos quais eu falo, não são coisas ruins, que prejudicaram alguém, ou algum assassinato jogado em alto mar, como o Dexter costuma fazer, mas são coisas minhas, e acredito que todas as pessoas tem seus segredos, mesmo aqueles que você não faz questão de lembrar. 

Em se tratando de escolher uma profissão, acho que também me identifico com ele, afinal, trabalhamos com seres humanos, ele com os que já morreram e eu, com os que vão morrer. Assim como a profissão dele, meu trabalho também é muito delicado e meticuloso, sendo que para realizá-lo você precisa prestar muita atenção e a observação aqui também é fundamental. É necessário perceber que o corpo da pessoa está mudando, através dos sinais que a doença manifesta no paciente, e os sintomas que se escondem ou se mascaram atrás da doença ou da medicação.


Outra coisa marcante no Dexter é a respeito dos seus sentimentos. Também não costumo demonstrar muito aquilo que eu sinto, com exceções das pessoas que amo de verdade, mas acredito que mesmo assim, ainda deixo um pouco a desejar. Não é que eu seja uma pessoa fria, que não tenha sentimentos, apenas penso que eu não preciso manifestar isso a todo momento. As pessoas que convivem comigo, sabem dos meus sentimentos por elas e isso já é o suficiente para mim.

Acredito que não só eu, mas várias pessoas tenham particularidades e afinidades com o personagem Dexter, fazendo com que seja uma das séries mais vistas na televisão. Não me arrependi nem um minuto por ter começado a assistir e recomendo com certeza. E você, tem alguma afinidade com o personagem?

Até a próxima!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Cansada

Hoje eu não deveria estar escrevendo pois não estou bem comigo mesmo. Ultimamente tenho pensado muito a respeito do meu futuro, um dos motivos de ter me afastado do blog, pois minha inspiração sumiu e sinceramente, eu não tinha vontade de escrever nada. Li alguns textos que de algum modo me ajudaram a pensar mais ainda naquilo que eu quero para minha vida. Tive algumas certezas e mais dúvidas do que eu tinha antes. Descobri através de um teste que sou uma pessoa introvertida, o que para mim foi um alivio saber que existem mais pessoas como eu e que vivem bem com isso.

Descobri também que me sinto isolada no meio de uma multidão de selvagens e que meu lugar é em qualquer lugar do mundo, menos aqui, no Brasil. Decidi que quero ir embora daqui, o mais rápido possível e preciso me mexer para que isso aconteça. Na verdade estamos fazendo muitas pesquisas e nesse momento, depois de todos os pauzinhos mexidos, é só aguardar. Eu sinto, eu espero, eu torço para que todos os nossos planos dêem certo. E vão dar!

Descobri que os amigos que eu realmente me importo, eu conto nos dedos e tive uma vontade quase surreal de acabar com o meu facebook, idéia que ainda não abandonei. Esses amigos que conto nos dedos, são aqueles que eu quero ter notícias, que eu quero conviver sempre e não importa o tempo, a distância e o que aconteça, eu sei que quando voltarem, as coisas continuarão iguais, apenas teremos mais histórias e experiências para dividir. Para mim, fazem parte da minha família.

Sou introvertida, logo gosto de coração de algumas pessoas, outras eu suporto e a maioria não quero que façam parte da minha vida, e essas com certeza sabem disso sem eu nunca ter falado. Faço questão de não conhecer meus vizinhos, não quero intimidades com estranhos, não gosto de fazer novas amizades, e aprecio de verdade a solidão. Adoro brincar com meus gatos e com meu cachorro, amo conversar com meu marido, que além de ser a pessoa mais compreensiva do mundo, é a mais inteligente que eu já conheci. Não é a toa que me casei com ele. Minha alma gêmea!

Gosto de pessoas inteligentes, simples e sem fricotes, que tem algo de bom a acrescentar na minha vida, de trocar experiências sobre viagens, vinhos, seriados, livros, gastronomias e outros assuntos interessantes que não prejudicam ninguém. Gosto de falar de coisas e não de pessoas. Eu fico doente de ouvir as pessoas comentando sobre o que aconteceu nas novelas, no BBB, que o filho de fulana se separou, que o sicrano fugiu com a empregada, enfim, fazendo fofocas da vida alheia. Me dói ver a falta de cultura nas pessoas.

Eu sei que hoje não é um bom dia para mim, mas eu precisava escrever como me sinto. Nem fui trabalhar. Me sinto sugada, cansada, desanimada, e só de pensar em ter que começar a mesma ladainha amanhã cedo, tenho vontade de sumir. As mesmas pessoas, com as mesmas reclamações, a mesma rotina e isso me desanima de uma forma inexplicável. Se pelo menos eu tivesse alguém com os mesmos interesses que eu para conversar, mas a base da conversa é sempre a mesma: a vida alheia.

Hoje eu não quero mais conversar com ninguém, quero somente ficar deitada na minha cama, com meus gatos e meu marido, sem ter que dar satisfação da minha vida para ninguém. Odeio viver em uma sociedade tão egoísta, falsa e primata. Quero me isolar de tudo e de todos, e fingir que toda essa falsidade e falta de cultura é apenas um sonho. Cansei de tudo o que me faz mal.


Até mais!!

terça-feira, 11 de junho de 2013

A Arrogância Segundo os Medíocres

Fuçando a internet dia desses, me deparo com esse texto, escrito por Carmen Guerreiro, que simplesmente coloca em palavras tudo aquilo que eu penso a respeito da arrogância e da mediocridade das pessoas. A maioria delas te olham diferente quando você não concorda com o estilo de vida que elas escolhem viver.  O que para você é prioridade, para elas é frescura, "gente pobre querendo ser rica" e por aí vai. Não conseguem entender que as pessoas tem prioridades diferentes, pensamentos diferentes e que ao contrário de todos os que trabalham comigo, eu não assisto novelas. As vezes penso que estou morando no lugar errado, na época errada, com as pessoas erradas, mas fiquei muito feliz quando encontrei esse texto, pois ao contrário do que eu pensava, existem outras pessoas que passam pela mesma situação que eu, que tem os mesmos pensamentos que os meus.

Leia e texto e tire suas próprias conclusões:

“Adorei o seu sapato”, disse uma amiga para mim certa vez.
“Legal, né? Eu comprei em uma feira de artesanato na Colômbia, achei super legal também”, eu respondi, de fato empolgada porque eu também adorava o sapato. Foi o suficiente para causar reticências  quase visíveis nela e no namorado e, se não fosse chato demais, eles teriam dado uma risadinha e rolariam os olhos um para o outro, como quem diz “que metida”. Mas para meia-entendedora que sou, o “ah…” que ela respondeu bastou.
Incrível é que posso afirmar com toda convicção que, se tivesse comprado aquele sapato em um camelô da 25 de março, eu responderia com a mesma empolgação “Legal, né? Achei lá na 25!”. Só que aí sim eu teria uma reação positiva, porque comprar na 25 “pode”.
Experiências como essa fazem com que eu mantenha minhas viagens em 13 países, minha fluência em francês e meus conhecimentos sobre temas do meu interesse (linguística, mitologia, gastronomia etc) praticamente para mim mesma e, em doses homeopáticas, comente entre meu restrito círculo familiar e de amigos (aquele que a gente conta nos dedos das mãos).
Essa censura intelectual me deixa irritada. Isso porque a mediocridade faz com que muitos torçam o nariz para tudo aquilo que não conhecem, mas que socialmente é considerado algo de um nível de cultura e poder aquisitivo superior. E assim você vira um arrogante. Te repudiam pelo simples fato de você mencionar algo que tem uma tarja invisível de “coisa de gente fresca”.
Não importa que ele pague R$ 30 mil em um carro zero, enquanto você dirige um carro de mais 15 anos e viaja durante um mês a cada dois anos para o exterior gastando R$ 5 mil (dinheiro que você, que não quer um carro zero, juntou com o seu trabalho enquanto ele pagava parcelas de mil reais ao mês). Não importa que você conheça uma palavra em outra língua que expressa muito melhor o que você quer falar. Você não pode mencioná-la de jeito nenhum! Mas ele escreve errado o português, troca “c” por “ç”, “s” por “z” e tudo bem.
Não pode falar que não gosta de novela ou de Big Brother, senão você é chato. Não pode fazer referência a livro nenhum, ou falar que foi em um concerto de música clássica, ou você é esnobe. Não ouso sequer mencionar meus amigos estrangeiros, correndo o risco de apedrejamento.
Pagar R$200 em uma aula de francês não pode. Mas pagar mais em uma academia, sem problemas. Se eu como aspargos e queijo brie, sou “chique”. Mas se gasto os mesmos R$ 20 (que compra os dois ingredientes citados) em um lanche do Mc Donald’s, aí tudo bem. Se desembolso R$100 em uma roupa ou acessório que gosto muito, sou uma riquinha consumista. Mas gastar R$100 no salão de cabeleireiro do bairro pra ter alguém refazendo sua chapinha é considerado normal. Gastar de R$30 a R$50 em vinho (seco, ainda por cima) é um absurdo. Mas R$80 em um abadá, ou em cerveja ruim na balada, ou em uma festa open bar… Tranquilo!
Meu ponto é que as pessoas que mais exercem essa censura intelectual têm acesso às mesmas coisas que eu, mas escolhem outro estilo de vida. Que pode ser até mais caro do que o meu, mas que não tem a pecha de coisa de gente arrogante.
O dicionário Aulete define a palavra “arrogância” da seguinte forma:
1. Ação ou resultado de atribui a si mesmo prerrogativa(s), direito(s), qualidade(s) etc.
2. Qualidade de arrogante, de quem se pretende superior ou melhor e o manifesta em atitudes de desprezo aos outros, de empáfia, de insolência etc.
3. Atitude, comportamento prepotente de quem se considera superior em relação aos outros; INSOLÊNCIA: “…e atirou-lhe com arrogância o troco sobre o balcão.” (José de Alencar, A viuvinha))
4. Ação desrespeitosa, que revela empáfia, insolência, desrespeito: Suas arrogâncias ultrapassam todo limite.
Pois bem. Ser arrogante é, então, atribuir-se qualidades que fazem com que você se ache superior aos outros. Mas a grande questão é que em nenhum momento coloco que meus interesses por línguas estrangeiras, viagens, design, gastronomia e cultura alternativa são mais relevantes do que outros. Ou pior: que me fazem alguém melhor que os outros. São os outros que se colocam abaixo de mim por não ter os mesmos interesses, taxar esses interesses de “coisa de grã-fino” (sim, ainda usam esse termo) e achar que vivem em um universo dos “pobres legais”, ainda que tenham o mesmo salário que eu. E o pior é que vivem, mesmo: no universo da pobreza de espírito.

Até logo!

sábado, 18 de maio de 2013

Comidinha rápida para o inverno

Nos dias frios de inverno que nós estamos passando, nada melhor do que poder ficar em casa, com cobertas quentinhas e muitos filmes para assistir. Mas a fome sempre resolve aparecer e muito mais nos dias frios. Então pesquisando esses dias algumas dicas de sopas diferentes, acabei descobrindo essa receitinha e acabei aperfeiçoando do meu jeito, que posso dizer, ficou muito gostosa. Não existe uma receita certa, mas  o prato é bem fácil, simples e rápido para fazer. Vamos lá então!

Esse é de creme de frango e salsinha.
Compre um pão italiano (esse redondo e gordinho da foto), retire a "tampa" de cima e tire cuidadosamente o miolo. Cuide para não tirar muito do fundo, para o creme não furar o pão. Faça um creme de sua preferência (esses comprados em mercado, como creme de cebolas, aspargos, frango...), mas cuide para que o creme não fique muito fino. Despeje o creme dentro do pão, e está pronto. Pegue pedaços de miolo de pão, molhe no creme e deguste, acompanhado de um bom vinho. Prato perfeito para noites frias.

Você pode inventar vários recheios para o pão, fazer sopas mais grossas também dá certo. O que sobrar dentro do pão (se sobrar), pode ser esquentado no microondas no dia seguinte e aproveitado. Fica bom do mesmo jeito. Mãos à obra e bom apetite!

Até a próxima!