terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Dias difíceis

Sabe aqueles dias em que tudo o que você vai fazer, dá errado? Aqueles dias que você já levanta da cama com a sensação de que alguma coisa não está certa, você não se sente bem e não sabe porque? Quando você percebe que já levanta assim de manhã cedinho, tenho um conselho de amigo para você: Não saia de casa, não faça nenhum negócio, não tente resolver nada. Tudo vai dar errado! Pode até ser que dê certo, mas da maneira mais difícil possível. E foi assim que começou o nosso dia ontem, meu e do meu marido.

Nós tínhamos marcado hora em uma cidade vizinha, para verificar um barulhinho que começou no nosso carro, que foi comprado zero, em menos de duas semanas. Quando chegamos na concessionária, quinze minutos antes da hora marcada, fomos tratados com tanta indiferença pelas pessoas que nos atenderam, e mesmo com hora marcada não sabiam se sairíamos dali antes das dezoito horas. Sabe aquela pessoa que não tem vontade nenhuma de ajudar? Mil desculpas esfarrapadas foram dadas, e decidimos marcar outro horário, dessa vez, o primeiro do dia para não acontecer esse tipo de situação novamente. Algumas pessoas pensam que nosso tempo não vale nada, que podemos ficar uma tarde toda sentada esperando pela boa vontade dos demais. Fiquei revoltada com a situação e a indiferença. Fomos tratados bem diferente na hora de comprar o carro.

Na hora de vender, simpatia total!
Saímos daquele maldito lugar e fomos procurar uma agencia de viagens, num shopping ali perto. Em casa, tínhamos feito um plano de viagem e fomos fazer um orçamento para ver se ficaria mais barato. Chegamos na agência as três e meia da tarde. Nosso atendente começou a fazer propostas e após quase duas horas, chegamos num acordo. Compraríamos então as passagens aéreas e o hotel ficaria por nossa conta reservar, já que o hotel que eu gostaria de ficar, não estava disponível no pacote. Então nosso amigo foi aprovar nosso cadastro e ficamos aguardando. Passavam das cinco e meia e nada. Avisamos outra atendente que iríamos fazer um lanche e voltaríamos depois. E foi o que fizemos.

Esperar e esperar, foi isso que fizemos o dia todo ontem.
Terminamos nosso lanchinho (aproveitando a promoção do Burger King), voltamos a agência e nosso amigo tinha saído para jantar. Sentamos e ficamos esperando até que outra atendente nos avisa que a transação não deu certo e não sabia o motivo. Ok, vamos desistir de viajar? De jeito nenhum! Essa mesma atendente veio nos dar um suporte enquanto nosso amigo jantava. Logo ele apareceu e decidimos então pagar as benditas passagens a vista, afinal, o preço estava muito bom.

Então começamos praticamente toda a transação outra vez. E após muito tempo esperando, veio toda a papelada, as instruções, os cartões e tudo aquilo que um viajante tem direito. Saímos de lá as sete da noite, mas pelo menos com nossas passagens compradas. Saímos do shopping e fomos direto para nossa casa, ao mesmo tempo felizes com a nossa nova viagem, e triste por tudo ter dado certo e errado desse jeito.

Papéis e mais papéis para a viagem.
Em casa, um novo desafio, reservar o hotel. Até que para fazer a reserva não foi tão difícil como comprar as passagens, pois eu já havia escolhido o hotel e a reserva foi super tranquila. Pelo menos uma coisa deu certo nesse dia. Agora sim, passagens e hotel reservados, aguardamos ansiosos março chegar. Quase me esqueço de dizer onde será nossa próxima aventura. Daqui alguns dias New York nos espera!

Não vejo a hora de botar meus pezinhos na Times Square.

Até breve!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Brasília - 4º e último dia!

Estamos chegando ao final da nossa aventura. Como sábado era nosso dia de descansar, de dormir até mais tarde, aproveitamos para tirar o atraso dos outros dias. Viajar cansa. Muito!

Acordamos lá pelas nove da manhã e nosso fiel amigo Evanio já estava com o café na mesa, com direito a pãezinhos de queijo, rosquinhas de queijo (essa "iguaria" eu nunca havia experimentado, e são simplesmente deliciosas) e pão francês fresquinho. Tomamos aquele café dos deuses e tiramos o resto da manhã para conversar, para a preguiça, para brincar com os gatinhos.

Brincando de estátua
Lion e Cezzane são inseparáveis
Me ajudando a fazer as malas...hehehe!
Logo era meio dia e nosso vôo estava se aproximando, afinal, precisávamos estar no aeroporto as 14 horas para despachar as malas e começar tudo de novo. Evanio preparou de almoço uma receita tirada de uma embalagem de batata palha, com algumas mudanças que ele fez. Era um filé mignon ao molho pesto com batata palha, que devo dizer, parecia uma comida de outro mundo, de tão saborosa que aquela carne ficou. E olha que não sou muito fã de carne, mas aquela...só de lembrar dá água na boca.

Após nosso almoço, arrumamos nossas coisas e nossos amigos nos levaram ao aeroporto. Nos despedimos e cada um seguiu o seu caminho. Evanio e Thiago foram ao cinema, e eu e o Fábio despachar as malas e procurar nosso portão de embarque. Tudo pronto, nos sentamos nos bancos e esperamos o nosso avião chegar. O tempo em Brasília estava chuvoso e frio, o que me deu um certo receio de entrar no avião. Mas devo contar um segredinho: antes de embarcar eu tomei um dramim (para quem não sabe, é um remedinho para não enjoar) e ele me deixou sonolenta, o que facilitou muito a volta para casa.

Nosso avião chegou e fomos chamados no portão de embarque. Novamente subimos no avião, procuramos nossos lugares, dessa vez, 15B e 15C e nos acomodamos confortavelmente esperando o avião decolar. Procurei na telinha da TV alguma coisa para me distrair, afinal, seriam mais de uma hora de vôo. Encontrei um episódio de House e foi por ali mesmo que eu fiquei. Nosso piloto nos avisa que vamos decolar. Só que esse vôo foi bem diferente de quando fomos para Brasília. Como estava chovendo muito e no céu haviam nuvens muito escuras e pesadas, o piloto teve que subir muito rápido, fazendo com que o vôo tivesse bastante turbulência. Por uns minutos achei que nós iríamos cair, mas logo que ele ultrapassou as nuvens, foi essa imagem que nós vimos, dessa vez, sem turbulência.

É inacreditável como é lindo lá em cima!
Deixando a chuva para trás.
E lá está ele, magnífico no horizonte nos iluminando...
Chegamos em Campinas com muita chuva, muito frio e um ônibus veio nos buscar na escada do avião, para que os passageiros não se molhassem. Chegamos ao aeroporto de Viracopos e fomos procurar novamente nosso portão de embarque. Nessas alturas, já estávamos mortos de cansados e não víamos a hora de poder chegar em casa. Nosso vôo decolou perto das oito da noite, com muita chuva e turbulência, como o outro vôo, mas esse foi bem mais rápido. Pousamos quarenta e cinco minutos depois em Navegantes, pegamos nossas malas, pegamos nosso carro no estacionamento e dez e meia em ponto, chegamos na nossa casa.

É engraçado como ficamos excitados para passear, viajar, mas quando voltamos para casa, parece que estamos completos e mais felizes do que quando fomos. Nossa casa é o melhor lugar do mundo. Na bagagem trouxemos alguns presentes, algumas lembranças e muita história para contar. Posso dizer que ter amigos é a melhor coisa que há, ainda mais quando nos recebem tão bem em sua casa, fazendo com que nos sintamos na nossa casa. Obrigada Evanio e Thiago, não poderia ter sido melhor.

Nossa primeira viagem e aventura termina aqui, mas logo logo teremos novas histórias para contar. Podem ter certeza!

Até breve!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Brasília - 3º dia!

Continuando a nossa aventura, no terceiro dia em Brasília tínhamos o horário marcado no Consulado Americano para a entrevista as 9:30 da manhã. Saimos de casa cedinho, pois o trânsito em Brasília é bem complicado. Chegamos no local descrito, cercado de muros e arames farpados por todos os lados, parecendo uma prisão de segurança máxima. Vários guardas espalhados por todos os cantos, só de olho no povão que não parava de chegar. Entregamos nossos passaportes para o primeiro guarda, que os carimbou e nos mandou cruzar uma porta e seguir em frente. Mas não sem antes passar pela revista policial e o detector de metais, again!

Como estava chovendo, ganhamos um guarda chuva de um dos guardas e seguimos o caminho de tijolinhos por onde todos estavam caminhando em fila indiana. Chegamos ao local indicado, pegamos uma senha, aguardamos ser chamados, entramos numa segunda fila e finalmente uma moça americana e delicada nos chamou para a entrevista. E começaram as perguntas que até então eram um mistério para nós. Após uns dez minutinhos explicando tudo e provando tudo com a papelada que levamos juntos, ela gentilmente nos falou: - "Ok, Sr. Fabio, seus vistos foram aprovados!", com um sotaque português americanizado. Agradecemos a mocinha e saimos felizes da vida pelo mesmo caminho que entramos e lá estava nosso amigo Evanio nos esperando, ansioso pelas novidades.

Após conversarmos um pouquinho, fomos a um shopping próximo do Consulado, tomar um cafezinho, afinal, não eram nem dez e meia quando tudo acabou. Na real, achei que as coisas foram bem rápidas em se tratando de tanta burocracia que é pedida. Nos avisaram que em alguns dias nossos vistos estariam na nossa casa, e posso lhes garantir que em menos de uma semana eles já estavam aqui em casa, em nossas mãos.

Esperamos na frente do shopping o Thiago vir nos buscar, e decidimos em comum acordo, ir conhecer uma famosa rede de restaurantes de Brasília que serve apenas peixes, o Peixe na Rede. Almoçamos um peixe maravilhoso nesse lugar onde levam muito a sério abrir somente apartir do meio dia, pois chegamos quinze minutos antes do meio dia e nenhum garçom veio nos atender antes do horário. Ficamos sentados lá, esperando alguém se manifestar, mas o garçom somente nos atendeu ao meio dia em ponto. Tipo, pontualidade britânica. Mas apesar da cara feia do garçom, a comida estava deliciosa. Vale a pena experimentar.

Esse era o meu prato...
e esse do Fabio
Saimos do restaurante e fomos conhecer o famoso Congresso Nacional, que eu tanto via na televisão quando era criança. Chegamos no congresso, e para não perder o costume, passamos pelo detector de metais e entramos nesse lugar tão grande e ao mesmo tempo acolhedor. Como diria nosso amigo Evanio, estávamos sentados no coração do Brasil. Nos informamos sobre o passeio e o rapaz que nos atendeu disse que dentro de quinze minutos começaria o próximo tour dentro do Congresso. Resolvemos mandar uns cartões postais para amigos e familiares, afinal, era de graça e os cartões eram realmente engraçadinhos. Logo após, nos sentamos na sala de espera, nos confortáveis sofás projetados nada mais nada menos que Oscar Niemeyer e começamos a sessão de fotos. 

É emocionante caminhar por essa rampa...
Sofás projetados por Oscar Niemeyer
Vista de dentro do Congresso, sentados nos sofazinhos
Começando nosso tour
Esses círculos mais claros de tapete é onde ficam os jornalistas para entrevistar os políticos
Câmara dos Deputados
Senado Federal
Nosso passeio começou no horário e fomos caminhando com nosso guia e conhecendo um pouco da história do Congresso, quem ficava atrás de cada porta, o que cada um fazia, quem era quem, como, onde, porque...enfim, milhares de informações sobre nossa política brasileira. Achei muito interessante e esclarecedor esse passeio, acho que todo brasileiro deveria ir visitar o Congresso Nacional e saber a sua história. Terminado o passeio, fomos para outros pontos turísticos, mas como estava chovendo um pouco mais forte, resolvemos ir para casa. Agora lembrei que ontem a tarde, fomos ao cinema assistir O Hobbit, e eu aqui jurando que tinha sido no terceiro dia. Mas como conhecemos e fizemos muitas coisas em pouco tempo, é normal a gente se confundir um pouco, não é?

Nos aproveitando dos confortáveis sofás enquanto aguardamos nosso tour
Fantástico
Terminando a visita (sim, também tem detector de metal para entrar no Congresso)
Aos fundo, Palácio do Planalto e Monumento aos Candangos
Chegamos em casa e tomamos um tipo de café quase sendo um jantar, pois já era noite. Resolvemos não fazer janta e dessa vez, eu pelo menos, fui deitar cedo, pois meu corpo estava até dormente de tão cansada. Os meninos ficaram na sala assistindo um documentário sobre desastres aéreos (ainda bem que não assisti) e tomando algumas taças de vinho, aproveitando os últimos momentos de nossa aventura, afinal, no dia seguinte, voltaríamos para casa. Mas essa historinha eu vou contar no próximo capítulo da nossa aventura.


Aguardem!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Brasília - 2° dia!

Nosso segundo dia em Brasília começou cedo também. Tínhamos compromisso agendado no CASV - Centro de Atendimento aos Solicitantes de Vistos, ás 10:30 da manhã. Lá nós tínhamos que tirar nossas impressões digitais e bater uma foto, onde provavelmente ficaria arquivado no banco de dados do FBI, tamanha segurança havia naquele lugar. Após toda documentação em mãos, passamos numa minuciosa revista policial e entramos na fila que nos aguardava. Na verdade as coisas lá andam bem depressa, e antes das 10:30, nosso horário agendado, estávamos saindo felizes da vida com nossa primeira etapa concluída.

Algumas fotos dos pontos turísticos de Brasília....nossa aventura continua mais para baixo.

Templo da Paz - Um lugar onde todas as religiões se encontram.
Templo Budista - os detalhes são perfeitos.
Memorial Jucelino Kubistchek
Nós ainda tínhamos a tarde toda para passear e então foi o que fizemos. Junto com um de nossos amigos (o outro iria trabalhar até as 15 horas), fomos conhecer alguns pontos turísticos da cidade, bater fotos e nos admirar com as belezas de Brasília. Perto das 13 horas resolvemos ir almoçar, e fomos em um restaurante alemão delicioso, onde comemos o mousse de chocolate mais bonito que já vi. Eu estava com pena de comê-lo, de tão bem feitinho que ele era. E aqui está uma foto para provar que não estou mentindo!

Fotinho roubada do Thiago -  perfeito o mousse, não é?
Admirado com a beleza do prato...
 Logo após o almoço, fomos buscar nosso outro amigo, o Evanio, e então o passeio estava completo. Rodamos por vários lugares, parando em alguns para entrar, visitar e ficar admirado com tantas coisas diferentes. Brasília é simplesmente linda. Quando você tiver oportunidade, não deixe de conhecer.

Museu Nacional do Conjunto Cultural da República.
Ponte  JK
Catedral Metropolitana de Brasília

Resolvemos ir para casa e fazer alguma coisa para comer por lá. Nós estávamos muito cansados da viagem e o que mais queríamos era deitar numa cama e dormir. Então nosso querido amigo Evanio resolveu nos presentear com um pastelão de frango de tirar o chapéu. Foi para a cozinha e gentilmente fez o nosso jantar, que diga-se de passagem, ficou uma delícia. Comemos e comemos e comemos até não poder mais. E depois de muita conversa, de algumas taças de vinho (claro que não poderia faltar vinho), de brincar com os gatinhos e tomar aquele banho, olhamos no relógio e já passava da meia noite. Hora de procurar a cama, porque no dia seguinte viria nossa segunda e pior etapa: a entrevista no consulado americano.

Hummmm...não poderia faltar num jantar de enólogos... = )

Essa historinha, eu vou contar no próximo capítulo das nossas aventuras em Brasília City. Aguardem!

PS: Aqui vocês não encontrarão fotos do CASV e Consulado Americano porque era proibido filmar e bater fotos, então fica por conta da sua imaginação.

= )



domingo, 13 de janeiro de 2013

Brasília - 1º dia!

Nossa aventura começou dia nove de janeiro bem cedinho. Levantamos as seis horas e começamos a  organizar os últimos preparativos para a viagem. Fizemos uma lista enorme de tudo o que tínhamos que fazer antes de sair de casa. Nossos mimis seriam cuidados pela minha sogra, que viria todos os dias trocar a água, colocar ração e limpar o banheirinho deles. Tudo pronto, nossa lista toda rabiscada com tudo feito, saimos de casa as oito da manhã. Chegamos ao aeroporto perto das dez horas, já tínhamos feito o check-in on line e fomos despachar as malas. Após tudo feito, hora de tomar um café, afinal nosso vôo sairia de Navegantes as 11:10 da manhã. Depois de um café com um delicioso pão de queijo, fomos para o portão de embarque e ficamos esperando nosso vôo. Eu estava muito nervosa porque seria meu primeiro passeio de avião. Não consegui relaxar e ler o livro que eu havia levado para me distrair. Então fiquei observando as pessoas que corriam de um lado para o outro, todas preocupadas em não perder seus vôos.

Medo


Coração a mil


A face do medo

Finalmente o portão de embarque abriu e nosso vôo foi chamado. Meu coração disparou. Entramos na fila e começamos a andar rumo ao avião. Subimos a escadinha e encontramos nossos bancos - 12B e 12C. Eu não quis sentar na janela pois tenho muito medo de altura, então para não entrar em pânico, preferi o corredor. E então começaram as apresentações das aeromoças, e todas as instruções que elas precisavam passar sobre uma possível queda na água ou uma despressurisação. Logo após o piloto falou sobre o vôo, que seria até Campinas e soltou a frase mais esperada e mais terrível para mim: - Preparar para decolagem.


Quando a avião começou a correr na pista, tive a impressão que meu coração pularia fora da boca. Fechei os olhos e segurando a mão do Fabio (que quase quebrei de tanto apertar) o avião decolou sem problemas. Olhei pela janela e vi a cidade ficando pequena e um pânico instantâneo tomou conta de mim. Ficava imaginando que o avião poderia cair a qualquer momento e esses tipos de pensamentos bobos que não deveríamos ter nessas horas. Em alguns minutos, nossas simpáticas aeromoças já estavam passando com seus bloquinhos de pedidos, perguntando o que cada um queria tomar. Como eu estava muito nervosa, não consegui comer nem tomar nada, afinal, meu estômago estava virado ao contrário depois de tantas emoções.

Fabio empolgado com as comidinhas e suquinhos
Tudo o que eu não comi no ar...comidinhas da Azul
Todos os passageiros mastigando e bebendo seus suquinhos de laranja e eu lá rezando para aquilo acabar logo. Da janela do avião eu via apenas nuvens e de vez enquando o horizonte. De repente ouço o barulho do motor como se tivesse sido desligado. Olhei para o Fábio assustada, achando que agora sim faríamos a mesma cena de Lost, mas o piloto informou após um "plim" que a nave começaria a descer. Como assim? Nós não subimos nem meia hora e já estamos descendo? Olhei o mapa do vôo na tela da televisão que tem atrás de cada banco da aeronave e vi que estávamos a quase onze mil metros de altura e quase mil quilometros por hora. E a nave começou a descer.

As nuvens vistas de cima, parecem algodão...
...e a paisagem lá de cima é linda demais!
O que mais me deixou tensa nessa história de voar, foi a instabilidade do avião, que me deixou enjoada, pois qualquer nuvem, qualquer turbulência, o avião chacoalha muito. Parece que estamos andando em um elevador muito rápido e dá aquela impressão de que estamos sem chão. Gravidade zero. Na real não gostei da minha primeira experiência. Logo as aeromoças começam a passar com saquinhos de lixo e recolhem todas as embalagens vazias e vão para suas poltronas esperar o avião pousar. Novamente o piloto nos avisa como está o tempo em Campinas e que dentro de alguns minutos estaríamos pousando.

Claro que eu começei a ficar mais tensa ainda, imaginando como seria o pouso. Olhei pela janelinha e vi os prédios e muitas luzes pertinho e então o avião, após um pequeno "soco", finalmente encostou no chão, disparando naquela pista gigantesca. Soltei a mão do Fabio que estava encharcada de suor e respirei fundo, agradecendo a Deus como é bom estar em terra firme de novo. Estávamos no aeroporto de Viracopos, em São Paulo. Nossas malas seguiram seu destino e nós fomos procurar nossa próxima área de embarque para Brasília. Assim que chegamos no nosso portão de embarque, já estavam chamando para o nosso próximo vôo, dando tempo apenas de ir rapidinho ao banheiro. E lá começou toda a tensão outra vez.

Embarcamos no avião e tudo aconteceu novamente, como o descrito aí em cima. A viagem de Campinas para Brasília foi um pouco mais longa, e após uma hora e dez minutos voando, pousamos em Brasília. Dei graças a Deus que aquilo tinha terminado, e não via a hora de sair daquela aeronave. Nós estávamos muito cansados e eu completamente estressada. Fomos para a esteira procurar nossas malas e quando olho para trás, lá estão nossos amigos Thiago e Evanio sorrindo e abanando. Finalmente nos encontamos e fomos de carro, em terra firme, conhecer parcialmente Brasília. 

Nossa primeira parada foi numa lanchonete muito simpática onde experimentamos uma tapioca deliciosa, indicação do Evanio. Pedimos nossas tapiocas de calabresa com azeitonas pretas e queijo, e um suco para acompanhar. O clima estava friozinho, super agradável. Terminamos nosso lanchinho e fomos para a casa de nossos amigos, onde ficaríamos hospedados.

Tapioca boa demais!
Após chegarmos na casa deles, conhecemos mais quatro anfitriões muito carinhosos. Eles tem quatro gatos, um mais fofo que o outro, que de imediato já começaram a pedir carinho. Decidimos então deixar as malas em casa e fazer um pequeno tour pela cidade, conhecendo alguns pontos turísticos, nada muito cansativo. E então, resolvemos ir comer um rodízio de sushi, que já nos foi muito bem recomendado pelo Evanio. Lá, nesse sushi, você tem todas as opções no cardápio, onde você pede só o que gosta e a quantidade que você quer. Simplesmente delicioso. Lá fora uma chuva começou e após nos empanturarmos com sushis, voltamos para casa. Nossa aventura no primeiro dia acaba por aqui, com um banho, cama e a expectativa do segundo dia, onde iríamos visitar o consulado americano para fazer nossa primeira etapa do visto.

Thiago e Evanio
Cezzane, Lion, Steve (de costa) e BB (tentando fugir)
Sushi
Mais sushis

Continuaremos em alguns instantes. Vamos fazer uma pausa para o jantar, que essas imagens me deram fome.

= )

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

E mais um ano começou!

E lá vou eu começar mais um ano escrevendo. Primeiro post do ano e nem sei direito o que escrever. Já se passaram quatro dias do ano novo e já entramos empolgados para fazer valer as 365 oportunidades que todos falam. Começamos o ano fazendo a via sacra nas famílias, visitando todas, almoçando com um, jantando  com outro para colocar as novidades do fim de ano em dia. E quantas novidades já ouvimos só no primeiro dia do ano. Nem imagino tudo o que tem por vir pela frente.


Compramos nossas primeiras malas para começarmos as nossas tão sonhadas viagens. O primeiro destino já foi escolhido e embarcamos em alguns dias, depois de vários estresses (como de costume), por causa das passagens e outros documentos necessários, mas no final deu tudo certo. Agora é só esperar e curtir quando a hora chegar.


Depois de vários períodos de reflexão, hoje tomei algumas decisões que acredito, me ajudarão a não me decepcionar tanto com as pessoas, principalmente as que estão mais próximas de mim. Ás vezes é preciso se esconder um pouco, deixar as pessoas sentirem a sua falta, pois se elas realmente gostam de você, é bem provável que aprenderão a valorizar a sua presença. Tenho meus planos para seguir, minhas metas para cumprir e isso exigirá um pouco mais de mim esse ano.


Já tinha prometido que não faria mais listas, mas...comecei uma lista de coisas inocentes, nada de planos para o futuro, afinal, vamos deixar as coisas acontecerem naturalmente. Minhas listas incluem os filmes que já assisti nesses quatro primeiros dias, os livros que quero ler e estou lendo, e claro, uma lista dos lugares que eu quero conhecer apartir desse ano, sem estresses, conforme as coisas vão fluindo.


Espero que esse novo ano seja tão bom como foi 2012, cheio de coisas boas, surpresas boas e aprendizado.

Um bom começo de ano a todos!