quarta-feira, 24 de julho de 2013

Neve em Timbó

Não se fala em outro assunto aqui na pequena cidade de Timbó, interior de Santa Catarina. As pessoas se encontram na rua e o primeiro assunto é sobre a neve que caiu no dia 23 de julho, coisa que até então era desconhecida por muita gente aqui nessa cidadezinha. Fiz uma pesquisa para saber em que outro momento nevou em Timbó, mas confesso que não achei nada específico sobre uma data. Hoje de manhã, passando para ir a padaria comprar um lanche, escutei em uma conversa de alguns idosos aqui do bairro onde eu trabalho, que a última vez que havia nevado em Timbó foi em 1943. Corri para o google e pesquisei, mas nada constava sobre ter caído neve nessa data ou em outra data qualquer.


Tentando subir

Espetáculo!
Fiquei muito feliz em poder fazer parte desse espetáculo inédito aqui da nossa cidade. No início, meu marido estava com um pouco de preguiça de levantar da cama para passar frio, mas quando ouviu na rádio que o local que eu queria ir vistar estava coberto de neve, foi o primeiro a estar pronto para sair. Câmera na mão, muito casacos, cachecóis, toucas e luvas, partimos para o Morro Azul, um dos lugares mais altos de Timbó (758 m), segundo pesquisas. O Morro Azul fica a mais ou menos uns vinte minutos da nossa casa, o que facilitou bastante a nossa chegada lá em cima. Saímos de casa perto das 7:30 e logo que começamos a subir o morro, a paisagem começou a mudar de cor, ficando praticamente toda a subida com várias áreas brancas na lateral da estrada, neve espalhada por toda a parte.

Paz


E a guerra de bolinhas de neve começou...
Assim que começamos a subir a parte mais íngreme, vimos um carro estacionado um pouco abaixo do local que gostaríamos de ir, e outro já começando a estacionar. Tentamos fazer a curva com a pista completamente congelada, mas não foi possível. O carro não iria subir e descemos devagarinho de ré até encostar atrás de outro carro já estacionado. Descemos do carro e subimos uns dez minutinhos a pé até chegar no local desejado. A paisagem estava irreconhecível. Parecia que estávamos em outro país, menos em Timbó.




Poucas pessoas já estavam no local fotografando e estasiados com tanta beleza. Confesso que cheguei quase sem fôlego lá em cima, pois minha capacidade pulmonar no momento está um pouco abalada pela falta de exercícios, mas após várias e várias pausas, eu consegui chegar lá. Tá certo que meu marido além de me motivar toda a subida, ainda me puxou em alguns pontos mais críticos, mas conseguimos chegar ao nosso destino. O vento estava cortante e o gelo começava a cair das árvores em nossas cabeças.

Fotografamos, fizemos guerra de bolinhas de neve, escorregamos (eu), apreciamos a vista por um bom tempo, vimos pessoas chegando e saindo, todas com o mesmo sentimento de gratidão por ter apreciado aquele momento tão único. Depois de muitas fotos e brincadeiras, começamos a descer para voltar para nossa casa quentinha, afinal, nós estávamos gelados e molhados de tanta neve que havia naquele Morro Azul. Quando chegamos perto do nosso carro, haviam muitas pessoas a pé e carros tentando subir, o que causou um congestionamento bem difícil. Tivemos sorte de ter sido quase um dos primeiros a chegar lá em cima e enquanto todos estavam querendo subir, nós já estávamos de saída.

Colocando a cabeça no boneco...
Olha a minha obra de arte...
Admirado com tanto talento!


Após um pouco de paciência, conseguimos sair e voltar para casa, mas o alvoroço na cidade era grande para ver a neve de perto. No dia seguinte, havia previsão de geada forte. Então, levantamos cedinho e fomos ver os campos em um bairro pertinho aqui de casa. Estava tudo branquinho de geada e aproveitamos para fotografar também, mas nada comparado a neve que caiu no dia anterior. Abaixo algumas fotos do dia 24 de julho para vocês terem uma ideia da geada.

Pomeranos - Mulde

Aqui em casa também geou!


Friooooo demais!
Um privilégio!
Sinto-me privilegiada por esse ano ter visto a neve duas vezes, uma em NYC e outra na minha cidade, coisa que era praticamente impossível, mas que com muita fé, acabou acontecendo. Acredito que irá demorar muito para esse fenômeno acontecer novamente, mas as lembranças estarão guardadas para sempre nas fotos e na minha memória. E acreditem, dinheiro nenhum paga isso!

Até logo!




sábado, 13 de julho de 2013

Amizades

Ainda não achei uma palavra certa para definir o que é um amigo, aquele amigo de verdade. Existem vários adjetivos para essa pessoa tão especial que escolhemos para fazer parte da nossa família. Mas existem vários tipos de amigos. Existe aquele amigo que você tem desde a infância, que conviveu e participou da sua vida toda, sabe os teus segredos, até aqueles mais sórdidos. Tem também aquele amigo que você faz no trabalho, na academia, em um novo curso e que você sente uma afinidade tão grande, que não quer que ele desapareça mais. E aquele com quem você viveu vários momentos legais da sua vida, que fizeram muitas festas juntas e tem muitas história boas para contar. Tem aquele que é quase um irmão.

Com tantos amigos, fica difícil quando você quer fazer um café, um festinha ou um cocktail e convidar todos eles, afinal, além de você não ter na sua casa lugar para toda essa gente sentar, ainda acaba que você não consegue dar a atenção merecida a todos como deveria. Então você acaba dividindo esses eventos em várias festinhas ao longo do tempo, onde você vai convidando alguns, na outra festa, outros e por aí vai.

Aqui em casa é muito difícil quando queremos fazer alguma coisa, até mesmo um jantar, pois nossa casa é bem pequenininha e consequentemente tem poucas cadeiras para sentar. Resolvemos fazer o aniversário do meu marido e convidamos alguns amigos de longa data e que são muito especiais e queridos por nós. Alguns não puderam vir pois já tinham algum compromisso agendado para a data, outros estavam muito longe e infelizmente não teriam como se deslocar até aqui. Mas a parte mais difícil foi fazer uma pequena lista de pessoas que gostaríamos que viesse e essa lista começou a crescer muito. Por um lado fiquei bem feliz em saber que temos tantos amigos, de todos os tipos que fazem parte da nossa vida. Por outro fiquei meio decepcionada de não poder convidar todos para comemorar o aniversário do meu marido.




Mas devo dizer que a noite foi perfeita. Fizemos somente uns aperitivos, algumas comidinhas e cada convidado que chegava, trazia uma garrafa de vinho que seria degustada junto com os "quitutes". A noite foi muito agradável, com muitas risadas e trocas de experiências dos convidados sobre suas recentes viagens. Me diz para que coisa melhor do que falar sobre viagens, degustando umas boas taças de vinho e se deliciando com uns canapés divinos. Realmente uma pena que não conseguimos juntar todos que gostaríamos que viessem. Mas ano que vem promete...



Quando conseguimos reunir toda essas pessoas tão especiais em nossas vidas, é incrível como nos sentimos felizes com tão pouco. Somente o fato de estarmos reunidos conversando já é suficiente para tornar uma simples noite de sábado, em algo inesquecível e maravilhoso. E é isso que os amigos fazem. Compartilham conosco suas risadas, suas lágrimas e angústias, suas experiências de vida, seus gostos e desgostos. E assim é a vida. Devemos aproveitar a todo instante as coisas simples que ela nos proporciona como uma amizade duradoura, reunir os amigos e rir até a barriga doer, contar nossas aventuras e escutar o que eles tem para contar.

Quem tem um amigo de verdade, nunca estará sozinho!

Até logo!