Resolvi escrever um pouco sobre doenças, que é com o que eu trabalho diariamente. De vez enquando vou escolher uma doença e falarei sobre ela, procurando sempre pesquisá-las para não passar informações erradas, e contarei também, algumas experiências vividas nesses quase quinze anos de profissão. Toda doença é ruim, mas algumas são mais agressivas, outras, conseguimos controlar com medicações e cuidados básicos, como alimentação, exercícios, enfim, com as duas palavrinhas que temos pânico só em ouvir: vida saudável. Mas precisamos fazer esforços para melhorar nossas condições de vida, e geralmente quando ficamos seriamente doentes e vemos que não temos como escapar, aí sim começamos a colocar as coisas em prática.
Comecei minha vida profissional em um hospital, e não há lugar melhor para juntar um montão de doenças e dúvidas. Muitas dessas doenças hoje em dia são praticamente normais de tratarem, mas a anos atrás, eram uma novidade, como por exemplo o HIV. A doença era tão temida, que tínhamos receio só de olhar para o paciente, com medo de contrair a doença. Tudo isso por falta de informação. Para quem trabalha na saúde, é um direito, no caso do pessoal de enfermagem, saber a doença do paciente que você vai tratar, para poder usar as precauções necessárias durante o tratamento, evitando a contaminação, sempre olhando pela ética e sigilo profissional.
Lembro do primeiro caso de HIV que internou no hospital onde eu trabalhava. Todos tinham medo de atender o paciente pois na época a doença era tão falada e tão cruel (não haviam as medicações que existem hoje e que dão um prognóstico de vida enorme ao paciente), e pensávamos que só o fato de entrar no quarto poderíamos "pegar aids". Quanta besteira. Com o tempo e as informações necessárias, você vê que essa doença não é nem um pouco tão assutadora comparada a um câncer.
E aí na época fui pesquisar de onde surgiu a Aids. E aqui está a historinha de onde tudo começou. Era uma vez...
Em 1980 apareceu o primeiro caso nos EUA, em homossexuais (usuários de drogas injetáveis), apresentando pneumonia e sarcoma de Kaposi. Dois anos depois a doença começa a aparecer em hemofílicos, usuários de drogas injetáveis, pacientes que receberam transfusões e crianças recém nascidas. Através de relatos de homossexuais, chegou-se ao nome de Gaëtan Dugas, que manteve relações sexuais com alguns dos homossexuais entrevistados. Gaëtan passou a ser chamado Paciente Zero.
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Sarcoma de Kaposi |
Gaëtan Dugas foi um comissário de bordo (1953 - 1984), e recebeu esse "apelido" por ter sido a primeira pessoa identificada como transmissora do vírus da Aids. Segundo consta em relatos, ele era um homem muito bonito, e como sua profissão permitia que ele percorresse várias cidades do mundo, isso facilitou a disseminição da doença. Mesmo após saber de sua doença e que era sexualmente transmissível, ele continuou mantendo relações sem nenhum tipo de proteção, com vários parceiros e somente após o ato, avisava os parceiros que ele tinha "câncer gay" e que o parceiro estaria contaminado. Segundo Dugas, ele teve mais de 2.500 parceiros na América do Norte.
Mas, uma série de autoridades, após o estudo do CDC ( Centro para Controle e Prevenção de Doenças), afirma que Dugas foi o responsável por trazer o HIV da Africa para Los Angeles e São Francisco. Um artigo mais recente do ano de 2007, descarta a hipótese do paciente zero e afirma que a Aids transitou da Africa para o Haiti, em 1966, e do Haiti para os Estados Unidos em 1969. Robert R. (?) foi confirmado como a primeira vítima registrada de HIV na América do Norte, falecendo aos 16 anos, em maio de 1969, onde relatou ter os sintomas desde 1966.
Independente de onde a doença surgiu, existem atualmente várias medicações para tratá-la e hoje em dia não é mais um bicho de sete cabeças. Novas doenças sempre surigirão e com elas, dúvidas e receios, mas com a informação necessária tudo se controla, e logo é encontrado um tratamento, talvez não para curar, mas para amenizar os sintomas e aumentar consideravelmente os anos de vida dos pacientes.
Se for pensar, as palavrinhas "vida saudável" fazem uma diferença enorme quando se trata de doenças. Pense nisso!
Boa quarta!
Mas, uma série de autoridades, após o estudo do CDC ( Centro para Controle e Prevenção de Doenças), afirma que Dugas foi o responsável por trazer o HIV da Africa para Los Angeles e São Francisco. Um artigo mais recente do ano de 2007, descarta a hipótese do paciente zero e afirma que a Aids transitou da Africa para o Haiti, em 1966, e do Haiti para os Estados Unidos em 1969. Robert R. (?) foi confirmado como a primeira vítima registrada de HIV na América do Norte, falecendo aos 16 anos, em maio de 1969, onde relatou ter os sintomas desde 1966.
Independente de onde a doença surgiu, existem atualmente várias medicações para tratá-la e hoje em dia não é mais um bicho de sete cabeças. Novas doenças sempre surigirão e com elas, dúvidas e receios, mas com a informação necessária tudo se controla, e logo é encontrado um tratamento, talvez não para curar, mas para amenizar os sintomas e aumentar consideravelmente os anos de vida dos pacientes.
Se for pensar, as palavrinhas "vida saudável" fazem uma diferença enorme quando se trata de doenças. Pense nisso!
Boa quarta!
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