quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O que vale a pena?

Esse é o nome de um dos livros que eu leio e releio sempre que posso, pois me faz refletir e rever meus valores, os acontecimentos diários e tudo aquilo que realmente vale a pena na minha vida. Muitas coisas valem a pena ... a amizade sincera, nossa família, nossos momentos de felicidade compartilhados com as pessoas que amamos, nossos bichinhos de estimação brincando, enfim, pequenas coisas do nosso cotidiano que se pararmos para pensar, são os mais simples e os que mais nos deixam felizes.

E lutar, vale a pena? Dependendo da causa, acredito que vale sim. Recentemente tive uma pequena "luta" contra os meus chefes pedindo melhores condições de trabalho. Depois de muitas ameaças, caras feias e castigos, finalmente aceitaram a minha reivindicação e fizeram o que eu pedia. Mas para isso eu tive que me colocar a frente da equipe, mesmo não sendo a "chefe",  e "dar a cara para bater". Valeu a pena? Oh se valeu!! Toda vez que eu entrar no meu local de trabalho atual, mesmo que um dia não o seja mais, vou lembrar que por causa das minhas reivindicações, as coisas melhoraram muito por lá. Apesar de tudo, me sinto feliz e realizada.

No livro O que vale a pena, de Wendy Lustbader, vol 1, tem uma senhora que dá um depoimento em que eu me identifico muito, e todas as vezes que acontece alguma coisa grande na minha vida, lembro desse depoimento como se fosse eu que tivesse no lugar daquela Vovó. Aqui está ele:

"Fui eu mesma toda a minha vida, mas isso me causou muitos problemas. Eu dizia às professoras o que pensava. Dizia aos chefes como me sentia. Fui direta, mesmo quando isso me custou uma boa nota na escola ou uma promoção no emprego. Minha mãe costumava ficar chocada com o meu jeito. Ela olhava para mim, meneando a cabeça e dizendo em iídiche: "Was ist drinnin Ling ist offen Zing". O que está no seu coração, está na sua língua. Soa melhor em iídiche, mas dá para entender a ideia.
Não me leve a mal. Sou uma pessoa zelosa e tentava não magoar outras pessoas. Quando trabalhava, não adulava quem estivesse acima de mim e nem pisava em que estivesse abaixo. Eu só não conseguia esconder como me sentia e, depois de algum tempo, não tentava.
Você deve viver do jeito que acha que é certo. Não se preocupe com a opinião das outras pessoas. Nunca se dê importância demais. Não tente ser alguém que você não é."

Charlotte Passikoff - 84 anos.

Esse é o livro!
Esse pequeno depoimento me fez entender que existem mais pessoas como eu, e que eu posso sim falar como me sinto, independente do que as outras pessoas vão falar. Muitas vezes, tomei decisões na minha vida que todas as pessoas que mais amo foram contra, mas nunca me arrependi de nenhuma delas. Por mais que você ame alguém, você tem que seguir aquilo que seu coração mandar e fazer o que acha que é certo. Ninguém pode decidir nada por você. E quanto a ser sincera, isso me poupou e me criou muitos problemas. Mas tenho certeza de que as pessoas que convivem comigo sabem que eu sou assim e me aceitam do jeito que eu sou. E as que foram embora, bem... não me fazem falta nenhuma.

Acredito muito que lutar por uma vida melhor, por mais justiça, por mais amor, por mais sentimentos bons no mundo vale a pena sim, apesar de algumas vezes a gente desanimar. Vale a pena a gente viver por um objetivo, por um futuro, por um sonho, seja ele grande ou pequeno. Vale a pena lutar por aquilo que acreditamos, mesmo que vá contra todos e isso no final não fará diferença nenhuma. Vale a pena ser você mesma, ser única, ter sua opinião a respeito das coisas e não mudar facilmente porque as pessoas falam de você!

Vale muito a pena ser feliz do jeito que você é, independente do que os outros pensam...

Até logo!