quarta-feira, 26 de março de 2014

São Joaquim - 1° parte

Finalmente, depois de muito tempo tentando ir conhecer São Joaquim, fomos convidados pela loja onde meu marido trabalha (uma loja de vinhos) para conhecer uma vinícola da qual a loja é distribuidora exclusiva dos vinhos e espumantes. A loja se encarregou de arrumar e pagar o transporte que nos levaria até lá, nos restando apenas aceitar o convite e aproveitar, sacrifício grande esse não acham?

Combinamos que nos encontraríamos na frente da loja, no domingo, as 5 horas da manhã,  pois a viagem seria longa até a vinícola, num total de quase cinco horas de estrada. Nós e mais seis pessoas fomos convidados, completando num total de nove pessoas com os chefes do meu marido e o motorista. 

O relógio despertou as quatro da manhã de domingo e pulamos da cama animados com a aventura. Tomamos café, banho, e nos organizamos para partir. Levamos alguns casacos mais pesados pois a previsão seria de geada para o domingo. Chegamos na loja e o carro que nos levaria já estava estacionado esperando. Todos chegaram animados, apesar do sono que ainda pairava no ar. Escolhemos nossos assentos e a viagem começou. O motorista apagou todas as luzes e o mais absoluto silêncio fez com que alguns cochilassem boa parte do caminho. Coloquei meus fones de ouvido, liguei um som e relaxei, quase que dormindo instantaneamente. A viagem seguiu tranquila.

Aqui já estávamos chegando em São Joaquim...
O sol já estava forte quando paramos para tomar café em Bom Retiro, bem pertinho de Urubici. Não queríamos chegar na vinícola de estômago vazio e ter que tomar apenas uns golinhos de vinho. Depois de um reforçado café da manhã com waffles e mel, seguimos viagem. Chegamos no local indicado e ficamos aguardando uma pessoa que trabalhava na vinícola e viria nos buscar para mostrar o caminho. Logo estaciona outro carro acompanhado de um micro ônibus procurando o mesmo local que nós. Eram de Jaraguá do Sul e iriam fazer a mesma visita que nós. Nosso guia logo deu o ar da graça e fomos seguindo ele estrada de chão adentro.

Do asfalto onde estávamos até dentro da vinícola foram muitos quilômetros de estrada de chão, pedras, riozinhos, fazendas, gados e um céu azul que insistia em nos acompanhar. Bem diferente aqui no vale, estávamos a uma altitude de 1300 metros, fazendo com que víssemos somente fazendas e o céu...nada de montanhas. Uma visão maravilhosa. Andamos, andamos e andamos muito, até que avistamos uma casa ao fundo da fazenda e todos já animados para chegar logo, começamos a nos preparar com câmeras e casacos, afinal estava bem friozinho quando chegamos lá. 

Descemos todos do carro e haviam vários funcionários da vinícola com carros grandes tentando acomodar as pessoas pois dali onde estávamos, ainda teríamos muito chão pela frente. Escolhemos ir no caminhãozinho que aparece  abaixo na foto e todos subiram correndo para não perder o lugar. Quando estávamos todos prontos para partir, outro funcionário chegou e falou que não haveria carro suficiente para levar todos numa viagem só, mas que o carro que nos trouxe de Timbó, seria o único que conseguiria subir a estrada até nosso destino. Então, um pouco entristecidos descemos do caminhãozinho e voltamos para nosso veículo. As pessoa foram transportados em caminhonetes grandes, quadriciclos e no caminhão abaixo. 

Nosso carro estacionou as dez horas da manhã em uma área gigantesca, onde tinham lhamas soltas ao ar livre, vários tipos de pássaros cantando, um cachorro muito simpático que logo saiu de fininho e muitas pessoas animadas esperando o início da aventura. No local havia água e medicamentos disponíveis para enjôo ou qualquer outro mal que pudesse estragar nosso passeio. No meio da nossa admiração pelo lugar tão lindo em que nos encontrávamos, apareceu no meio da multidão, o responsável por tudo aquilo, dirigindo um quadriciclo, parecendo quase um piloto profissional. Não escreverei seu nome aqui, apenas o chamarei de WW.

Nossa segunda parada depois da longa viagem morro a cima.
WW chegou animado, como um rock star. Sorridente, desceu do carrinho cumprimentando a todos energeticamente com um aperto de mão,  e desejando boas vindas a todos. As pessoas pararam para admirá-lo, cumprimentá-lo e escutá-lo, afinal, assim que deu boas vindas à todos, começou a nos contar como começou a vinícola. Apesar da idade e dos dedos marcados pela artrite, deu um show de simpatia e boa memória, fazendo com que até as crianças ali presentes parassem para escutá-lo. Muito animado, nos convidou para andar entre as parreiras de uva e conhecer o local. E assim, abriram-se os portões e todos o seguiram, ouvindo atentamente a explicação e tentando acompanhá-lo, pois o homem tinha uma energia invejável.

Continuarei nossa aventura no próximos post.

Até logo!


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