quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Chuva de Granizo

Domingo á noite, todos se preparando para começar uma nova semana de desafios e trabalhos, menos eu e o meu marido, pois nossas férias começariam na segunda. Até então tudo certo. De repente o céu resolveu mudar de cor e o dia virou noite. Nuvens grossas e carregadas tomaram o lugar de um céu até então azul e tranquilo. E então apareceu o vento, para anunciar mais uma chuva de verão. Mas não era uma chuva qualquer. Parecia a tempestade do século. Eu e meu marido nos preparamos para a chuva, trancando janelas, reforçando embaixo das portas com lonas para evitar que a água entrasse, desligando os aparelhos das tomadas. E então o barulho começou. Pedras de gelo, vento e chuva nos castigavam vindo de todos os lados. Mas as pedras que batiam nas paredes, janelas e portas não eram pedrinhas quaisquer. Eram gigantes, coisa que nunca vi na minha vida.

"Pedrinhas" de gelo!
Eu e meu marido começamos a nos preocupar porque nossa casa não tem garagem, e não tinha como sair de casa para colocar qualquer coisa para proteger nosso carro. Resumindo: agora temos um carro vermelho com bolinhas da mesma cor. Esqueçendo então do carro que era apredrejado lá fora, começou a escorrer água por baixo das portas, janelas e pingar pelo lustre da sala. Desespero total. Meu marido correndo com a televisão na mão, eu levantando tudo o que havia no chão para a água não molhar. Mas não tive escolha. Peguei um edredon, encostei na porta da frente e fiquei segurando-o contra os vidrinhos que fazem parte do design da porta para não quebrar. A cada pedrada, a porta tremia de cima em baixo. Eu tinha certeza que os vidrinhos já eram. Enquanto fazia um revezamento entre segurar o edredon contra a porta, e começar a enxugar o chão com uma toalha de banho, meu marido segurava uma lanterna, pois não tínhamos luz, e procurava velas para ascender.

Chuva, pedra e vento!
Nossa casinha sem o telhado e nossa quase horta, destruida!
Foram minutos intermináveis de pânico. Após a chuva dar finalmente uma trégua, fui procurar meus gatos, que estavam escondidos dentro de uma mala, bem quietinhos e arregalados. Não sairam de lá até a tempestade ir embora. E após quase meia hora de chuva, vento e pedras, ela finalmente tomou outro rumo e nos deixou em paz. Hora de calcular os prejuízos. Na real, nossos prejuízos foram o carro que ficou cheio de buraquinhos, o telhado da nossa casinha de bugigangas que voou no vizinho e espatifou-se, e a sujeira para limpar novamente, pois já havíamos limpado tudo ao redor da casa, no domingo a tarde. Nossa casa tinha folhas e sujeira grudado até no teto, dentro de casa, por todos os lados. Do lado de fora, havia uma camada de pedras de gelo, que insistiam em nos assombrar, mesmo quase uma hora depois do ocorrido.

Nossa casa azul, com pintinhas verdes...
Quase uma hora após a chuva, o gelo continuava firme e forte!
As pessoas começaram a sair de suas casas e a limpar o estrago feito pela fúria da natureza. E assim passamos nosso primeiro dia de férias, limpando e arrumando o que a chuva de verão estragou. Foram horas e faxina, quilos de lixo acumulado, e dores pelo corpo de tanto trabalhar. Eu diria que foi um início de férias bem diferente do que foi planejado, mas pelo menos, ninguém se machucou e não perdemos nada. Isso compensa todo o terror que passamos naqueles minutos de tensão.

O pior já passou...e a vida continua!

Até mais!

Um comentário:

  1. Caramba! Lá na casa da minha mãe também foi feio, mas eu não imaginava que o granizo estivesse desse tamanho! :-o

    Pior que a tempestade Sandy (ao menos o efeito dela aqui em Boston!)... Que bom que ninguém se machucou!

    Abs!

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