domingo, 13 de janeiro de 2013

Brasília - 1º dia!

Nossa aventura começou dia nove de janeiro bem cedinho. Levantamos as seis horas e começamos a  organizar os últimos preparativos para a viagem. Fizemos uma lista enorme de tudo o que tínhamos que fazer antes de sair de casa. Nossos mimis seriam cuidados pela minha sogra, que viria todos os dias trocar a água, colocar ração e limpar o banheirinho deles. Tudo pronto, nossa lista toda rabiscada com tudo feito, saimos de casa as oito da manhã. Chegamos ao aeroporto perto das dez horas, já tínhamos feito o check-in on line e fomos despachar as malas. Após tudo feito, hora de tomar um café, afinal nosso vôo sairia de Navegantes as 11:10 da manhã. Depois de um café com um delicioso pão de queijo, fomos para o portão de embarque e ficamos esperando nosso vôo. Eu estava muito nervosa porque seria meu primeiro passeio de avião. Não consegui relaxar e ler o livro que eu havia levado para me distrair. Então fiquei observando as pessoas que corriam de um lado para o outro, todas preocupadas em não perder seus vôos.

Medo


Coração a mil


A face do medo

Finalmente o portão de embarque abriu e nosso vôo foi chamado. Meu coração disparou. Entramos na fila e começamos a andar rumo ao avião. Subimos a escadinha e encontramos nossos bancos - 12B e 12C. Eu não quis sentar na janela pois tenho muito medo de altura, então para não entrar em pânico, preferi o corredor. E então começaram as apresentações das aeromoças, e todas as instruções que elas precisavam passar sobre uma possível queda na água ou uma despressurisação. Logo após o piloto falou sobre o vôo, que seria até Campinas e soltou a frase mais esperada e mais terrível para mim: - Preparar para decolagem.


Quando a avião começou a correr na pista, tive a impressão que meu coração pularia fora da boca. Fechei os olhos e segurando a mão do Fabio (que quase quebrei de tanto apertar) o avião decolou sem problemas. Olhei pela janela e vi a cidade ficando pequena e um pânico instantâneo tomou conta de mim. Ficava imaginando que o avião poderia cair a qualquer momento e esses tipos de pensamentos bobos que não deveríamos ter nessas horas. Em alguns minutos, nossas simpáticas aeromoças já estavam passando com seus bloquinhos de pedidos, perguntando o que cada um queria tomar. Como eu estava muito nervosa, não consegui comer nem tomar nada, afinal, meu estômago estava virado ao contrário depois de tantas emoções.

Fabio empolgado com as comidinhas e suquinhos
Tudo o que eu não comi no ar...comidinhas da Azul
Todos os passageiros mastigando e bebendo seus suquinhos de laranja e eu lá rezando para aquilo acabar logo. Da janela do avião eu via apenas nuvens e de vez enquando o horizonte. De repente ouço o barulho do motor como se tivesse sido desligado. Olhei para o Fábio assustada, achando que agora sim faríamos a mesma cena de Lost, mas o piloto informou após um "plim" que a nave começaria a descer. Como assim? Nós não subimos nem meia hora e já estamos descendo? Olhei o mapa do vôo na tela da televisão que tem atrás de cada banco da aeronave e vi que estávamos a quase onze mil metros de altura e quase mil quilometros por hora. E a nave começou a descer.

As nuvens vistas de cima, parecem algodão...
...e a paisagem lá de cima é linda demais!
O que mais me deixou tensa nessa história de voar, foi a instabilidade do avião, que me deixou enjoada, pois qualquer nuvem, qualquer turbulência, o avião chacoalha muito. Parece que estamos andando em um elevador muito rápido e dá aquela impressão de que estamos sem chão. Gravidade zero. Na real não gostei da minha primeira experiência. Logo as aeromoças começam a passar com saquinhos de lixo e recolhem todas as embalagens vazias e vão para suas poltronas esperar o avião pousar. Novamente o piloto nos avisa como está o tempo em Campinas e que dentro de alguns minutos estaríamos pousando.

Claro que eu começei a ficar mais tensa ainda, imaginando como seria o pouso. Olhei pela janelinha e vi os prédios e muitas luzes pertinho e então o avião, após um pequeno "soco", finalmente encostou no chão, disparando naquela pista gigantesca. Soltei a mão do Fabio que estava encharcada de suor e respirei fundo, agradecendo a Deus como é bom estar em terra firme de novo. Estávamos no aeroporto de Viracopos, em São Paulo. Nossas malas seguiram seu destino e nós fomos procurar nossa próxima área de embarque para Brasília. Assim que chegamos no nosso portão de embarque, já estavam chamando para o nosso próximo vôo, dando tempo apenas de ir rapidinho ao banheiro. E lá começou toda a tensão outra vez.

Embarcamos no avião e tudo aconteceu novamente, como o descrito aí em cima. A viagem de Campinas para Brasília foi um pouco mais longa, e após uma hora e dez minutos voando, pousamos em Brasília. Dei graças a Deus que aquilo tinha terminado, e não via a hora de sair daquela aeronave. Nós estávamos muito cansados e eu completamente estressada. Fomos para a esteira procurar nossas malas e quando olho para trás, lá estão nossos amigos Thiago e Evanio sorrindo e abanando. Finalmente nos encontamos e fomos de carro, em terra firme, conhecer parcialmente Brasília. 

Nossa primeira parada foi numa lanchonete muito simpática onde experimentamos uma tapioca deliciosa, indicação do Evanio. Pedimos nossas tapiocas de calabresa com azeitonas pretas e queijo, e um suco para acompanhar. O clima estava friozinho, super agradável. Terminamos nosso lanchinho e fomos para a casa de nossos amigos, onde ficaríamos hospedados.

Tapioca boa demais!
Após chegarmos na casa deles, conhecemos mais quatro anfitriões muito carinhosos. Eles tem quatro gatos, um mais fofo que o outro, que de imediato já começaram a pedir carinho. Decidimos então deixar as malas em casa e fazer um pequeno tour pela cidade, conhecendo alguns pontos turísticos, nada muito cansativo. E então, resolvemos ir comer um rodízio de sushi, que já nos foi muito bem recomendado pelo Evanio. Lá, nesse sushi, você tem todas as opções no cardápio, onde você pede só o que gosta e a quantidade que você quer. Simplesmente delicioso. Lá fora uma chuva começou e após nos empanturarmos com sushis, voltamos para casa. Nossa aventura no primeiro dia acaba por aqui, com um banho, cama e a expectativa do segundo dia, onde iríamos visitar o consulado americano para fazer nossa primeira etapa do visto.

Thiago e Evanio
Cezzane, Lion, Steve (de costa) e BB (tentando fugir)
Sushi
Mais sushis

Continuaremos em alguns instantes. Vamos fazer uma pausa para o jantar, que essas imagens me deram fome.

= )

4 comentários:

  1. "A face do medo"! ;)

    Muito legal a narrativa e as fotos! Cadê a segunda parte? Hehehe...

    Abraços!

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  2. Devo comentar que sua narrativa sobre o voo me deixou preocupada, porque sou outra que fico aterrorizada com alturas... Acho que esse negócio tbm n é para mim.
    Mas as fotos da janelinha do avião, OMG que lindas! Ao mesmo tempo dá medo e muita vontade de voar só para ver isso tudo da janelinha... :)

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  3. Acho que todos deveriam voar uma vez na vida, para saber qual é a sensação. Acredito que por eu estar muito nervosa, prejudicou um pouco a impressão do meu primeiro vôo. Para voltar foi bem mais tranquilo. Me disseram que com o tempo a gente se acostuma e nem sente mais. Eu espero que isso seja verdade!

    Beijos Lis.

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