segunda-feira, 23 de abril de 2012

Chuvas de verão

Relâmpagos cortavam o céu
na vasta escuridão inefável
e o vento anunciando
que a tempestade está chegando
sem procrastinar sua fúria

O corvo crocitou,
observando que a chuva majestosa
se aproximava inexoravelmente,
e imaginando a sua autoridade
bateu asas e voou sem destino
Consternado

Enfim o barulho atroador da chuva
chegou forte e imponente
tomando tudo a sua frente
transformando a noite tranquila
sem medo ou comiseração

Sua força era colossal
tão delicada e ao mesmo tempo atroz
por onde passava, tudo levava
deixando um rastro de solidão
naquela imensidão castigada

E então o silêncio reapareceu
tristeza, melancolia e devastação
pedaços e dores por todos os lados
E a angústia se mistura a esperança
do recomeço, do medo, do nada.


Flávia!


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