terça-feira, 16 de outubro de 2012

I Can Fly - Parte 1

Hoje contarei a minha aventura pelos céus de Timbó City. Sim, eu finalmente tirei os pés do chão! A aventura começou assim: me cadastrei em um site no facebook, chamado www.diga1numero.com.br, onde todos os dias, você entra e digita um número. Se o seu número for o menor e único, você ganha o prêmio do dia, pagando apenas um real. Tem prêmio todo dia. Quando vi o prêmio do dia, comentei com meu marido que era esse o prêmio que eu iria ganhar, pois eu nunca havia voado, sendo portanto, um sonho antigo. Digitei meu número e esqueci. No sábado a noite, eu não conseguia dormir e vim para o computador ler um livro que baixei recentemente. E como todo viciado, espiei o facebook.

Quando entrei no site e vi meu nome sorteado logo abaixo do prêmio, saí correndo e acordei meu marido, que já estava no décimo sono, dizendo que eu havia ganhado o passeio. Ele começou a rir meio desacreditado, espiando na tela do computador, meu nome abaixo do helicóptero. Euforia total, da minha parte, claro. O problema foi dormir depois, o que logicamente, não aconteceu, pois o passeio seria no dia seguinte. Levantei cedinho preocupada se eu iria ou não arriscar de voar naquele pequenino "avião". Fiquei pensando se iria chover, se haveria muito vento, se eu iria desistir na última hora, enfim, um milhão de pensamentos na cabeça.

Em letras minúsculas, aí está meu nome abaixo do helicóptero...

Muito bem. Como eu iria trabalhar na festa onde haviam os passeios panorâmicos, fui com um pouco de antecedência para ver se a coragem aparecia. Quando eu e meu marido estávamos chegando, o helicóptero estava pousando, passando a pouco metros do nosso carro. Eu e meu marido nos olhamos e meu coração parecia que iria sair pela boca. Levei minhas coisas no ambulatório onde iria trabalhar e fui no setor administrativo pegar o ticket do passeio. Quando cheguei lá, as meninas que estavam atendendo foram muito queridas, me apoiando para fazer o passeio e dizendo que elas também tinham medo quando foram.

Saí dali com o bilhete na mão, rumo à pista onde o helicóptero estava sendo abastecido. Conversei com um senhor que estava aguardando para ver como as coisas funcionavam, com seu filho, um menino de uns dez, doze anos, que esperavam ansiosos para conversarem com o piloto. O piloto aproximou-se e foi bombardeado de perguntas, a maioria respondendo com gargalhadas. Nos disse que o aviaozinho ficaria parado por vinte minutos e que depois poderíamos levantar vôo. Foram os vinte minutos mais demorados da minha vida. Pai e filho resolveram se juntar a mim nessa aventura, comprando os bilhetes e me fazendo companhia, um apoiando o outro para não desistir.


A ansiedade de não saber se eu conseguiria embarcar ou não, se o aviãozinho iria cair ou não, se eu sairia viva dali, se tudo daria certo, me fez sentir frio e calor ao mesmo tempo, dor de barriga e tremedeiras que insistiam em não ir embora. Olho para trás e lá vem o piloto com uma garrafinha de água na mão. Passando por nós, com um gesto de "vamos lá", sabíamos que agora não tinha mais volta. Uma platéia ao redor acompanhando tudo, não podíamos desistir agora. Respiramos fundo, e lá fomos nós, atrás do piloto.

Continua no próximo post...

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