quinta-feira, 18 de outubro de 2012

I Can Fly - Parte Final

A distância entre o gramado e o helicóptero parecia não acabar mais. Chegando perto do pequeno aviãozinho, meu coração começou a disparar e minhas mãos começaram a tremer. Levei o celular e a câmera fotográfica junto, pois queria registrar toda a aventura. A princípio, sentou nos bancos traseiros, eu e o menino, um em cada janela, e o pai dele, na frente com o piloto. O problema de sentar na frente, é que onde colocamos os pés, é transparente, ou seja, para quem tem medo de altura como eu, ataque de pânico na certa. Com os cintos já presos, vejo uma moçinha correndo na direção do helicóptero, que ainda estava desligado. Como ela sentaria atrás conosco, fiz questão de ficar no meio dos dois passageiros, não tendo problemas de ser a primeira a cair se a porta abrisse. Todos acomodados, o piloto começou a ligar o bichinho.

Achei ele tão pequenininho!


Ligando os motores!!!

Quando aquela barulheira tomou conta dos nossos ouvidos, as coisas começaram a ficar tensas. O vento não dava trégua, mas mesmo assim, o helicóptero começou a subir lentamente. De vez enquando podíamos sentir que ele balançava por causa do vento, e aos poucos ele foi subindo mais e mais. Fechei meus olhos e só ouvia o barulho das hélices e o menino do meu lado dizendo - "Ai Meu Deus, Ai Meu Deus". Ele estava mais em pânico do que eu. Atingimos uma boa altura, onde conseguimos ver Timbó City como nunca, todas as ruas, casa, empresas, misturadas entre rios e nuvens. Aos poucos fui me acalmando e começei a sessão de fotos. De vez enquando, dava a impressão de que as hélices não estavam funcionando, mas eu me concentrava novamente, e lá estava o barulhinho delas, trabalhando fortemente.


OMG!! Aqui não tinha mais volta!
A vista lá de cima é maravilhosa!
Provavelmente por causa do meu nervosisimo, lá em cima eu perdi um pouco da noção de localização. Meu marido diz que passei perto da nossa casa, onde ele estava do lado de fora abanando, mas com certeza nessa hora, eu deveria estar de olhos fechados, pois nem consegui localizar a igreja que é bem próxima de casa. Percorremos dez quilômetros em mais ou menos cinco a oito minutos, em circulo. É inacreditável como o tempo passa rápido lá em cima. Quando eu percebi, já estávamos sobrevoando o pavilhão da festa novamente. Confesso que senti um rápido alívio.

Voltando ao pavilhão da festa!
Saindo viva e realizada do passeio!
Quando o helicóptero encostou no chão, todos começaram a comemorar, pois todas as pessoas que estavam esperando para subir, estavam nervosas e com o mesmo pensamento que nós: Será que vai cair?
Mas o passeio foi muito gostoso, uma experiência com certeza muito válida, penso que todos quando tiverem oportunidade devem fazê-lo, afinal, não tem preço olhar a cidade onde você mora, lá de cima do céu. Quem sabe se um dia eu tiver uma nova oportunidade como essa, eu fique um pouco mais calma, e consiga aproveitar mais a paisagem e o passeio lá de cima.

Até a próxima aventura!

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