quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Passeio de Maria Fumaça

No último sábado, dia dos namorados, eu, meu marido e mais alguns amigos resolvemos aproveitar a temporada de sol e frio e ir conhecer em Apiúna, o tão falado passeio de Maria Fumaça, que alguns amigos nos indicaram. Contarei aqui alguns detalhes sórdidos do nosso inesquecível passeio de trem. Levantamos alegremente (até parece) as 7:00 da manhã de domingo, frio de doer, mas o dia lá fora prometendo ser inesquecível, e após espreguiçar-nos continuamente e bocejando até quase um engolir o outro, resolvemos levantar e tomar café, afinal, tínhamos combinados com nossos  amigos às 8 horas em Indaial.  Saimos de Timbó com o sol brilhando,  a viagem foi tranquila,  e quando chegamos no nosso local de destino, o sol ainda estava na décimo sono. Frio, muito frio, vento e nada do sol. Tenso!!!
 Compramos as passagens e aguardamos na plataforma de embarque até enfim o trem aparecer, apitando e soltando fumaça por todos os lados. Aí começamos a nos empolgar e esquecemos o tão impiedoso frio que até então nos assombrava.

Compre sua passagem e boa viagem...

As 9 horas em ponto o trem toca seu sininho, abre as porteiras e lá vamos nós para nossa mais nova aventura.  Todos devidamente sentados, após ouvir as intermináveis recomendações do maquinista, enfim, o trem começou a se mover. Gritos, palmas e assovios. Todos comemorando o início da aventura, onde,  logo no primeiro minuto de partida, percebemos que todas as janelas do trem estavam abertas, e que não sentindo frio suficiente, minhas mãos, pés, rosto e todo o corpo começaram a formigar e tremer. Eu e todos os passageiros da Maria Fumaça. Alguns conseguiram fechar algumas janelas inutilmente, pois assim que entramos no primeiro túnel toda a fumaça possível e imaginária invadiu os vagões sufocando tudo e todos, nos fazendo tossir e gritar tamanha escuridão que se apoderou do trem. Mas qual é a graça de não sentir o frio e o vento gelado bater no rosto até formigar ou desenvolver uma sinusite instantânea, ou de se afogar na fumaça que entrava pelas janelas do trem?? Sem adrenalina não tem graça!


Amor...


O passeio durou 1 hora, com várias explicações (mas várias mesmo!) dos costumes e tradições locais, a história da Maria Fumaça, entre outras informações muito interessantes. Assim que chegamos ao fim da linha, ao lado de uma usina, a recomendação era que todos trocassem de lugar e de lado. Aí começou aquela bagunça, empurra-empurra e então todos sentados e devidamente informados again, o trem começou a voltar para seu local de origem. Muitos flashes, muitas risadas, ah simmm...antes que eu me esqueça...tinha uma mocinha dentro do trem vendendo pipoca, água e refrigerante...e muitas pipocas espalhadas pelo chão. 


A mocinha das pipocas

Fumaça para todos os lados...

Fim do passeio, todos descendo educadamente da plataforma enquanto a turma das 10 horas estavam todos tão preparados para entrar no trem que pareciam que iam disputar uma maratona...todos curvados para frente para ver quem conseguia entrar no trem primeiro. A turma das nove toda ao redor do trem, tirando fotos e conversando, enquanto a turma das dez aguardava a movimentação tão esperada da velha Maria Fumaça. Assim que o apito soou e o trem começou a deslisar sobre os trilhos, novamente gritos, assovios, palmas e agora para nós que estávamos do lado de fora, acenos dizendo tchauzinho...até daqui a pouco!

Diversão na certa.

Até a próxima... e se for conhecer a Maria Fumaça, não esqueça de um detalhe importantíssimo: leve um casaco bem quentinho.

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