sábado, 27 de agosto de 2011

Quando Ganhei Minha Primera Bicicleta

Não me lembro ao certo a idade que eu e meu irmão tínhamos quando ganhamos nossas primeiras bicicletas. Só lembro que ter uma bicicleta naquela época, era motivo de muita comemoração, pois só os mais abonados as tinham. Pedimos nossas bicicletas para o Papai Noel (oh inocência boa) e nos comportamos bem o ano todo, não respondendo para os pais, nem desobedecendo e estudando bastante, pois era isso que nos ensinavam desde pequenos. Nós só ganharianos presentes de Natal se passassemos de ano no colégio e fôssemos obedientes. Assim foram todos os nossos anos de colégio.

Estudar e ser bonzinho - receita para ganhar presentes no Natal

Então, lá pelo finalzinho do ano escolar, mais ou menos na metade de novembro, eu e meu irmão chegamos em casa do colégio (íamos a pé pois o colégio era pertinho) e quando olhamos na garagem haviam duas bicicletas encostadas na parede. Meus pais não estavam em casa. Sem pensar duas vezes, eu e meu irmão, imaginando que o Papai Noel havia se enganado na data e nos adiantou o presente de Natal, pulamos nas bicicletas e fomos andar na rua da nossa casa. Detalhe: os pneus das duas estavam bem vazios. Mas mesmo assim ficamos dando voltas perto de casa, eu de monareta vermelha e meu irmão de BMX amarela limão.

No meu tempo só usava capacete quem andava de moto

Quando olho na esquina, vejo o carro dos meus pais fazendo a curva para entrar na nossa rua. Chamei meu irmão e corremos colocar as bicicletas onde elas estavam (até parece que eles não viram), e fingir que nada havia acontecido. Quando meus pais abriram as portas do carro, já estavam rindo da situação, pois haviam comprado as bicicletas para escondê-las e nos entregar no Natal, porém a loja entregou antes do combinado. Como não havia  ninguém em casa, minha tia que morava ao lado e não sabia da história, pediu para deixar na garagem até meus pais chegarem.

Resumindo a história: Meu pai encheu os pneus das bicicletas e começamos nosso Natal praticamente com um mês de antecedência. Fomos na casa de nossos vizinhos e parentes mostrar nossos presentes de Natal. Nessa história toda, a parte ruim,  foi que nesse dia descobrimos que Papai Noel não existe. Ainda tentaram nos ludibriar com informações falsas a respeito do bom velhinho, mas aí não caímos mais. Que pena, né?

Nem foi tanto assim, mas ficamos tristes sim.

Minha mãe sempre conta essa história para minhas amigas e conhecidos quando vão na casa dela. Mas me lembro certinho de todos os detalhes, de toda a emoção de ganhar um presente tão esperado, e da tristeza de saber que a magia do Natal havia acabado. Mas foi muito bom enquanto essa magia durou. Tive sorte de ter tido uma infância tão feliz.

Bom findi!

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