quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Verão...eu te odeio!

Eu simplesmente odeio o verão e tudo o que vem com ele... calor, sol escaldante, insetos, sensação de sufocamento, suor (e algumas pessoas nem percebem o quanto ficam "cheirosas"), pessoas histéricas correndo para a praia como se fosse acabar o mundo, trovoadas de fim de tarde, e a pior de todas as coisas que aparecem no verão...pererecas! Perereca é aquele bichinho gelado e asqueroso que pula e gruda na gente,  e não outra coisa que sua mente poluída está pensando.

Eu particularmente tenho pânico de pererecas e vou explicar o porque. Quando eu era criança lá em Barbacena, quer dizer, em Rio dos Cedros, meu estimado pai resolveu cortar uma figueira que estava atrapalhando a visão da nossa casa,  e eu claro, uma filha exemplar (cof cof cof), fui ajudar a carregar os galhos que ele cortava com a motosserra e jogava em um monte próximo ao local do "desmatamento". Era verão, mais ou menos uns 40 graus e eu estava usando um vestidinho aberto nas costas. Nesse tempo eu tinha uns 9 a 10 anos. 

Puxei um ganho da árvore para colocar no meu carrinho de mão cor-de-rosa que ganhei no Natal daquele ano, e quando virei de costas para o monte de galhos, algo pulou nas minhas costas. Poderia ter pulado no tecido do vestido, mas não, pulou e grudou na pele das minhas costas. Minha mãe que estava por perto, além de ver o que havia pulado em mim, mandou eu não me mexer. Até então eu não fazia idéia do que era, apesar de sentir uma pressão gelada nas costas. Minha mãe chamou meu pai, que estava por perto.

Medo!

Meu pai se aproximou, olhou, e em vez de ficar quieto, falou na hora que era uma perereca e que iria puxá-la para ela soltar. Detalhe: ele começou a puxar e ela começou puxar minha costas...e não soltou! Oh My God, ela estava colada em mim! Não faço idéia de que tipo de perereca mutante era aquela que não desgrudava de mim de jeito nenhum. Começei a chorar e minha mãe começou a brigar comigo para eu não me mexer enquanto meu pai tentava queimar ela com um isqueiro. Sim, isso que você leu. Ele ascendeu um isqueiro embaixo da perereca para queimá-la,  para então, segundo a lógica do meu pai, ela desgrudar. Mas ela não soltou. Ela começou a gritar...como uma criança! Foi o som mais horrível que já ouvi na vida. Um bicho grudado em mim, gritando como uma criança. Não vou saber explicar em detalhes o grito dela, mas é uma coisa horripilante. Você deve estar achando que era uma perereca qualquer, mas não era não...ela era gigante, parecia um sapo! ECA! Até esse dia eu nem sabia que pererecas gritavam! Sim...elas gritam...Oh God!

E então,  finalmente esse bicho soltou e a pele das minhas costas também. Meu pai me queimou junto com a perereca para fazer ela desgrudar das minhas costinhas. Depois de alguns dias, parecia que ainda sentia aquela pressão gelada nas minhas costas...e desde então fiquei traumatizada toda vez que vejo uma perereca. Aqui em casa no verão elas sempre aparecem para meu desespero. Meus gatos é que se divertem com elas.

Essa era eu com uma perereca grudada nas costas...

E toda vez que levanto da cama de manhã no verão, fico procurando pererecas pela casa. Qualquer barulho a noite fico pensando que tem uma perereca tentando entrar no quarto. Enfim, detesto o verão por todos os motivos acima citados, mas principalmente por esses bichinhos nojentos que insistem em me perseguir e aparecem somente nessa estação do inferno. Não vejo a hora do frio voltar e esses bichos sumirem da minha casa, da minha vida...


Entenderam o porque do meu desprezo pelo verão?


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