terça-feira, 12 de abril de 2011

Pessoas

Trabalhar com vidas, é complicado. Cada pessoa passa por um turbilhão de emoções, sentimentos bons e ruins durante a vida. Esses momentos nos mostram o quão equilibrada ou não ela é. Quando se trata de saúde, aí a coisa complica. Ninguém procura um hospital ou um serviço de emergência porque quer se divertir. Quando essas pessoas nos procuram com a saúde debilitada, com alguém da família que precisa de ajuda, eles já chegam a nós com as emoções a flor da pele, exacerbadas. O difícil nessas horas, para essas pessoas é manter a calma e aí acontecem muitos conflitos, ás vezes desnecessários, mas que no momento ninguém para e pensa. Quanto mais você pedir para a pessoa se acalmar, mais nervosa ela vai ficar. Nesse caso, ás vezes, é melhor que se aplique a  lei do silêncio.


No nosso país hoje, as coisas são sempre muito difícieis para quem depende de serviços públicos. Vejo todos os dias pessoas que saem indignadas dos vários setores públicos, algumas gritando, xingando e  muitas chorando porque não encontram solução para o seu problema ou alguém que as ajude.
As pessoas que estão doentes, ficam mais sentimentais, mais sensíveis e buscam uma solução rápida para o seu problema. Quem não quer ter a saúde de volta, se sentir bem e não precisar correr atrás de médicos e dos serviços públicos?


Precisamos ser mais pacientes, humanos, para lidar uns com os outros, entender o desespero das pessoas de querer melhorar, pois só temos uma vida.
Muitos pacientes passaram pelas minhas mãos e sempre fiz o possível para ajudá-los dentro das minhas   limitações. Gosto de ajudar, de cuidar das pessoas, sinto que nasci para isso. Mas não ajude as pessoas esperando que retribuam a sua gentileza, a sua atenção ou o seu amor. Faça de coração e não espere nada em troca. 


Vencer é saber transformar boa vontade em ações positivas e realizadoras nas piores situações, dores e desilusões.

Boa semana para todos!

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